VIEMOS DO TIJOLO
Sobre um completo imbecil, de nome "Ricardo Castañón Gomez", comento que não parece possuir mais do que "un castañón en la cabeza"... Não pude evitar o "Ad hominem", ou "Ad stultus" - e que seja... Mas este falastrão, que se auto-intitula "cientista ex-ateu", parece NÃO SABER NADA SOBRE NADA...
E se o termo "ciência" não passa da versão latinizada para a palavra "conhecimento", a atitude científica decorreria, forçosamente, do embasamento de opiniões a partir do conhecimento comprovado - Onus probandi... Mas Castañón desconhece tudo - e algo mais... Vejam esta pérola da estupidez:
"[...] Científicos... ellos insisten en que venimos del mono, ellos insisten en esas teorías que venimos de caos, de los choques interplanetarios, de las primeras partículas que cayeron, ... Y ahora miren cuan inteligente es el hombre de hoy que le es más fácil creer que venimos del mono que de Dios. Es que es grave. Y hay teorías que dicen que venimos de las abejas (risas), no se como harán esa concepción, de un mamífero semejante que salgan las abejas (risas)..." - Ricardo Castañón
Pois rimos por último deste pateta... Afinal, o "Dr." considera mais factível que sejamos parentes próximos do TIJOLO - sim, já que viemos do BARRO! - do que tenhamos evoluídos como parte integrante da natureza, como fartamente comprovado... Aqui dispomos de alguns pontos interessantes, a começar por verdades isoladas que podem configurar acachapantes falsidades - no caso, as credenciais de Castañón como cientista... E devo insistir que não importam as credenciais; pois se estamos tratando de proposições torpes, fracas, não bastarão credencias... O que importa não é o que fizemos ou não em outras esferas, quem somos, mas quais são os fatos e proposições que deitamos sobre a mesa...
Castañón alega haver trabalhado com Rita Levi-Montalcini - célebre ganhadora do Nobel de Medicina e Fisiologia em 1986, pela descoberta de uma substância envolvida no crescimento de células nervosas, possibilitando ampliar os conhecimentos sobre o Mal de Alzheimer e a Doença de Huntington; mas Castañón trabalhou apenas no laboratório desta eminente "cientista", em questões periféricas, e não diretamente nesta pesquisa - de cunho estritamente biológico... Afinal, deveria haver aprendido algo com a cientista, já que seu trabalho serve de substrato para que compreendamos a imperfeição que nos habita, a sujeição a desvios de percepção - e entre eles a crendice da qual Castañón é vítima...
E mais, o "ex-ateu" parece não haver aprendido sequer sobre os rudimentos da atitude científica, e muito menos sobre o ceticismo de Montalcinos - ateia e secular até o fim de sua vida:
"Desde pequena não me sentia igual aos demais. Quando me preguntavam 'qual é a sua religião?', respondia: 'Eu sou livre-pensadora', e ninguém sabia o que era isso. 'E seu pai o que é?'... é engenheiro." - Rita Levi-Montalcini
De nada vale dizer que somos bons, sem sê-lo; assim como de nada vale dizer que somos "cientistas", sem adotar uma atitude "científica"... As credenciais, legítimas ou não, não emitem pareceres sobre proposições e fatos.. Sendo esta uma conhecida falácia retórica: Argumentum ad baculum ou Ad verecundiam...
Castañón, em seus vídeos, faz um "copy/paste" dos piores, mais frágeis, e primitivos, argumentos apologéticos, sobre a existência de UM DEUS ESPECÍFICO - o "deus de Castañón"... com alusões colaterais à "Aposta de Pascal", ao que devo objetar sem demora:
1. Em resumo, e supostamente, os pobres ateus vivem sem a menor esperança na VIDA APÓS A VIDA; ou seja, A VÃ ESPERANÇA DE QUE SEGUIRESMOS - VIVOS, DE ALGUMA FORMA - DEPOIS DE CONSAGRADOS COMO MORTOS - pelo Instituto Médico Legal de sua região... De forma que, e apenas por medo, seria melhor "fechar" com "deus", com o "deus de Castañón", e contrariando a todos os outros deuses... Não iremos ao inferno cristão, mas o que pensarão Hanuman - o deus-macaco -, e os milhares e diversos deuses dos diversos politeísmos? O que dirão Thor, Tupã, Ai Apaec etc?
2. Então, seria melhor acreditar em deus por ser mais garantido? E não custa mada? De forma que, de acordo com a estatística delirante de Pascal - e no fim de sua vida -, é mais garantido apostar em que deus exista, e garantir um "lugar ao céu"... E não custaria nada... É só "dizer que acredita"...
3. De forma que supomos um deus estúpido e vaidoso... Que engole o nosso engodo? É só dizer que creio e pronto?
4. Mas se deus não é estúpido, então teremos que seguir sua cartilha... O que significa uma vida impraticável e terrível... Então leiam a bíblia para anotar as regras...
Toda a infantilidade da aposta pascalina, além do besteirol teológico e metafísico, fazem parte do acervo de impropérios vomitados por Castañón... "Tudo tem um criador, se o relojo tem um relojoeiro, então o homem precisa de um técnico para projetá-lo e moldá-lo"... Bom, então temo um relojoeiro cego... E um criador bem incompetente... Que nos faz comer e respirar pelo mesmo orifício... Que projeta olhos em morcegos cegos...
Toda esta baboseira não passa de um bom lote de questões mal colocadas, e da esfera neurofisiológica - capítulo "Desvios Cognitivos - A Biologia das Crendices"... E devo dizer que:
AQUELE QUE DEFENDE COM ARGUMENTOS DE OCASIÃO, O QUE DIZ SEGUIR POR UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS, NÃO ACREDITA NEM NOS ARGUMENTOS, E NEM EM SEUS PRINCÍPIOS... E não passará de um ilusionista, um estelionatário, ou coisa pior...
Castañón emite opiniões comparáveis a crianças que ainda não concluíram o primário - desde que hajam sido catequizadas... De forma que, se necessito qualificá-lo para este tipo de debate, e baseando-me apenas em suas proposições - e que de fato é o que interessa -, não poderia atribuir mais do que o predicado: "santa e soberba ignorância"... em relação aos seguintes temas: comportamento humano, genética comportamental, neurociência cognitiva, neuropsicologia, neurofisiologia, neuroanatomia, genética, biologia, etologia, física, astrofísica, astrobiologia... história, antropologia, arqueologia etc...
Sem mais, Q.E.D....
Carlos Sherman
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