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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sobre Minhas Filhas e Seus Aniversários...


11/07/2014 - Aniversário da Isa, mensagem da Karol

Nada mais justo do que uma "declaração" (como de costume) pro seu aniversário, né? Eu tava aqui vasculhando as nossas fotos pra achar uma que fosse digna pra exemplificar nossa relação (e sei o quanto você vai me xingar pela foto que eu coloquei, mas era essa ou a do mr. finger que, cá entre nós, tava bem pior hahahaha) e comecei a "passar" por tudo que a gente viveu. E quero falar de algumas lembranças, aqui, só pra te fazer sentir a mesma nostalgia que eu senti. Bom, a primeira foto que eu vi foi uma da Disney (horrível, por sinal) que logo me remeteu a toda a história da loja de relógios ou do melhor bolo de chocolate das nossas vidas, lembra? A loja de relógios, aquele incrível momento em que nós duas (ainda fazendo curso de inglês, sem ter nenhuma experiência prática) e a minha mãe (que sabia menos do que as duas juntas) decidimos ver os relógios de uma loja x, ensaiando falas e achando que íamos dar conta caso alguém falasse conosco, tendo a certeza de que iam fazer isso. Dito e feito, o vendedor veio falar e nós respondemos que só estávamos olhando (torcendo para que ele não respondesse nada, claro)...só que ele respondeu e, depois de perguntar "what?" pela quarta vez, as 3 viraram as costas e foram embora. Acho que foi meio instintivo tentar puxar a porta ao ler "Push", porque era óbvio e a gente sabia que era pra empurrar. O primeiro cara começou a gritar "Push" enquanto nós 3 puxávamos a porta, desesperadas. O segundo começou a gritar junto até que, em certo ponto, a loja inteira estava gritando (e nenhuma de nós empurrava a maldita porta). Deve ser um furo muito comum dos brasileiros porque, no meio de tudo isso com a gente já morrendo de vergonha, um americano grita lá no fundo da loja: "empurre" e as 3 não só empurraram a porta, como saíram caindo e derrubando tudo e todos que passavam por lá (Faltou eles baterem palma, não sei se eles o fizeram, mas com certeza tiveram vontade...acho que não ficamos nem pra ver as reações, de tanta vergonha). E o bolo de chocolate (pra comemorar o seu aniversário) que a gente levou pro hotel e decidiu comer no outro dia (só que o hotel demorou demais pra trazer os garfos e nós estávamos com fome, então decidimos que comer com a mão seria uma ótima ideia). Eu não sei se foi porque era o bolo "adormecido", guardado do dia anterior, se o fato de ser feito de forma diferente fazia ele ser melhor ou se só o prazer e a graça de comer com a mão deixou a experiência tão boa...eu só sei que aquilo me marcou (e virou um daqueles pequenos detalhes da vida que a gente não esquece e que fica especial, mesmo sendo tão pequeno, tão banal). Aí eu vi uma foto da "Ciudad de México", lembra? Vocês lá subindo na pirâmide e eu tendo que esperar lá embaixo (mesmo morrendo de vontade de subir) porque eu tinha me machucado feio e não podia fazer esforço. Esperei sendo comida por carrapatos e mosquitos, sendo olhada de forma estranha pelos turistas (provavelmente eu devia estar agindo como uma doida, fugindo dos bichos e me lamentando porque eu não estava subindo) até que vocês voltaram "ficamos com dó de te deixar sozinha" e sabe o que é isso? também uma coisa cotidiana e pequena, mas, pra mim, extremamente especial...vocês deixaram de ter uma experiência foda por pensar em mim (e isso - na minha cabeça - foi demais, juro hahaha)...ou a experiência dos museus em que seu pai foi nos mostrar as esculturas dos mochicas (que não eram nada diferentes das que ele já tinha em casa) um tanto quanto (bastante, na verdade) sexuais; acho que gostaria de ter filmado nossa reação em todo o museu, apesar de estarmos curtindo todo o contato cultural, estávamos, muito mais, fazendo piadas internas (hahaha duas crianças, pfvr né?). E em Santiago, quando ficamos um pouco alteradas com a degustação de vinho (e eu me pergunto, quem fica alterada com degustação de vinho? hahahaha pois é). A primeira vez que a gente viu neve, lembra? Quando seu pai parou o carro no meio da "estrada" (subindo a caminho do Valle Nevado) e nós duas descemos, tiramos a luva e ficamos com cara de bobas alegres pra descobrir que: "não é fofinho? que bosta! é só gelo? aff, ridículo, os filmes me enganaram"; lembrei o quanto a gente reclamou, também, nessa viagem "que bosta, não pode esquiar depois das 18h? Mas o que a gente faz no meio da neve, então?" "nossa, que merda, esse restaurante é muito ruim" (sendo que a nossa percepção de comida boa que era ruim, né? hahaha); imagino quanto seu pai sofreu com a reclamação de duas crianças que não sabiam de muita coisa, ainda, e faziam reclamações infundadas haha (mas faz parte). Também lembro que a gente curtiu muito. Compramos aqueles coelhinhos fumantes pra todo mundo, de lembrança (e eu só descobri que ele era fumante depois) e um grande pra nós (que fumava charuto, não era nem cigarro, muito mais classe né haha). E passamos dias indo no quarto dos nossos pais pra narrar a história do mr. finger com os nossos dedos (e eu lembro que no final da história morria todo mundo. Lembro até que em um "episódio" o mr. finger morria porque tinha muita caixa de pizza vencida embaixo da cama dele e as pizzas viravam um monstro que o matava). Depois, eu vi uma foto de NY (que é essa aí que postei), faz 5 anos, certo? (ou 4, não tô lembrando). Na minha opinião a melhor viagem, até agora. Não no sentido de aproveitamento cultural (acho que nesse sentido a cidade do méxico ganha), mas no sentido de aproveitamento dos pontos turísticos, do quanto a gente absorveu da experiência (só pelo fato de que éramos um pouco mais velhas e queríamos, mesmo, aproveitar a viagem, sabíamos o valor daquilo - antes, nem tanto). Eu lembro que, nessa época, as duas estavam passando por algum tipo de pequena desilusão (que agora é só motivo de risadas, porque né hahaha duas crianças) e choramos muito "tô chorando, mas pelo menos tô chorando em new york" a gente conversou muito e se aproximou mais do que éramos próximas antes. Foi incrível passar o período do ano novo lá, com todas aquelas luzes e aquela sensação incrível de que tudo pode ser mudado, de que tudo vai ser novo e melhor (é, acho que a cidade provoca essa sensação); e não tenho nem como pensar qual momento foi o mais marcante porque praticamente tudo foi. Aquele passeio de carruagem, depois de uns goles de vinho que, pra gente, já era demais (um pouco alteradas, de novo, causando muitas risadas e rindo juntas). Aquele cheesecake maravilhoso que você roubou um pedaço (e as fotos do antes e depois deixaram isso muito marcado pelas caras engraçadas). Aquela moda estranha das noivas andarem pelos pontos turísticos (vestidas de noivas, claro) e tirar foto - que a gente ridicularizava mais que tudo. O próprio dia de ano novo, em que a gente não aguentava os 20 graus negativos, mesmo com muitas roupas térmicas e proteções, e queríamos logo ir embora dali (o que não foi só nossa vontade)...lembra o quanto pensamos "é só isso?", todo mundo fica lá por horas (óbvio que é extremamente organizado, divididos por alas e muito policiado), passando frio, pra quando chega a hora da contagem regressiva aquela bola descer, soltar alguns papeizinhos de comemoração e, logo depois, todo mundo sair correndo de lá em 5 minutos (inclusive nós 4, que passamos o resto do ano novo comendo pipoca industrializada no quarto de hotel - e foi MARAVILHOSO!). Bom, e as fotos seguintes que eu vi foram fotos de festas. Fotos da primeira balada, fotos de quando ganhamos o Bono, fotos de todos os lugares que saíamos, fotos nossas dançando, fotos em cada canto de São Paulo e foto nas diferentes casas (em sp e em São Carlos) - o que só me fez lembrar de todo esse crescimento conquistado em conjunto, das mudanças feitas lado a lado. De resto, foram fotos recentes, fotos do momento em que eu considero que desenvolvemos maior parte da nossa identificação como "Irmãs", de fato. Eu não sei você, mas eu considero esse nosso ano morando juntas o nosso melhor ano. Em quase 10 anos de convivência a gente nunca havia brigado e brigamos justamente no 9º ano, nesse em que moramos, o tempo todo, juntas. Com a convivência maior a gente acabou identificando as diferenças e, pra mim, o mais importante foi como a gente soube lidar com isso. Esse ano foi muito proveitoso na nossa relação, em que eu te contei absolutamente tudo do meu passado (quando você ainda não estava presente nele) e vi que você soube reconhecer tudo muito bem, acolher meus "traumas" muito bem, também, e demonstrar um apoio que eu jamais encontrei (e nem encontrarei) em ninguém. Foi quando a gente se abriu sobre tudo que existia na vida uma da outra, sobre todos os pensamentos, as situações, as coisas cotidianas e as coisas mais sérias. Foram reflexões, análises, críticas, todas feitas em conjunto...e isso me fez fortalecer muito a amizade e o companheirismo que eu tenho com você. Certamente não vamos morar juntas pra sempre (pfvr não, né, acho que só te aguento por mais 3 anos mesmo hehe), mas eu posso dizer que no ano em que eu mais amadureci na minha vida, até agora, você esteve presente ativamente (e que você também esteve presente na construção de uma identidade minha, na formação de uma personalidade, no meu descobrimento de quem eu era - só assim eu poderia ser de propósito né hehe). E eu te agradeço muito pela presença na maior parte das situações, por saber dar espaço quando eu precisei, por me respeitar quando eu precisei, por ter exposto as diferenças, por ter se descontentado, pelas discussões, pelas "pazes" na primeira sensação de "não vai dar, eu preciso voltar a falar com ela porque preciso contar isso pra ela", pelas reflexões, pelos pensamentos, pelas piadas, pelas coisas engraçadas (e isso tem de sobra). Eu quero te dizer que você é uma pessoa incrível e que eu agradeço muuuuito por todo o rumo da minha vida ter me levado até vocês (e quem diria hein? que aquele banquinho do parque Ibirapuera ajudaria a construir tanta coisa?). Se tem algo que nos define bem é o comentário do seu pai "se vocês fossem um seriado, vocês seriam a mistura de Friends com The Big Bang Theory". Parabéns, mil vezes parabéns pelos 21 anos cheios de maturidade, integridade, honestidade e inteligência. Eu espero que as suas conquistas só aumentem e que as decepções diminuam. Que você chegue mais perto, cada vez, do que você quer ser (ou se de fato a gente tem tudo bem definido geneticamente, em conjunto com outros fatores da formação, que você se aceite cada vez mais da forma que é). Que você fique satisfeita com as situações da sua vida e que nunca se acomode, caso uma não esteja boa, que consiga, sempre, provocar uma mudança nas coisas que devem e podem ser mudadas. Eu espero poder aprender muito com você, ainda, e poder te ensinar no que for possível. Ainda temos muito o que crescer e muitas situações pra viver e rir juntas. Obrigada pelos 10 anos (ou quase isso) de companheirismo, irmandade, carinho, amizade e conflitos; eles me ensinaram muito e me trouxeram muito crescimento. E obrigada por essa oportunidade de amadurecer com você, essa pessoinha tão incrível e linda! Obrigada por dividir comigo uma das suas maiores preciosidades (seu pai) sei que não é uma coisa fácil e sei que fui um pouco intrusa. E obrigada por me ensinar o que é ter uma irmã (eu pude escolher te tratar ou não como tal e acho que escolhi muito bem, porque definitivamente é isso que nós somos: irmãs). Enfim, obrigada por tudo. Feliz aniversário, sua linda  — com Isabela Palmer.

25/08/2014 - Aniversário da Karol, mensagem da Isa

Parabéns pra você, muitas felicidades, saúde, sucesso e essas generalidades que você já conhece. mas eu também desejo que você esteja preparada quando as coisas não forem do jeito que a gente quer, e eu espero estar do seu lado quando você precisar. Sempre aprendo muito com você, e não sei se te ensinei alguma coisa também, mas antes de tudo, se eu conseguir mostrar que muitas vezes você já tem as respostas que precisa, eu já vou ficar satisfeita, se não conseguir, eu vou gravar mesmo e colocar pra você ouvir!! Que bom que ainda temos mais dois anos para se aguentar, com certeza vamos sentir falta de cantar bem alto músicas nostálgicas e incomodar os vizinhos ahahaha (mas ninguém nunca reclamou, será que cantamos bem??). Nossos momentos constrangedores, engraçados, bobos, dramáticos, são muitos, e o que os torna tão bons de lembrar, é que são sempre algumas das mais máximas expressões do que nós somos de verdade, aquela parte da gente que nem sempre mostramos pra todo mundo, seja ela boa ou ruim, mas que algumas pessoas conseguem nos fazer expor por algum tempo, e então muito obrigada por esses momentos. É difícil manter o nível das suas mensagens de aniversário, mas se chegar perto já consegui alguma coisa ahahah. Pra compensar um pouco mais, eu te levo um doce depois ahahaha. Parabéns de novo irmã malinha, um beijo muito grande, amo você ♥

25/08/2014 - Aniversário da Karol, mensagem do Papai Sherman

Meu benzinho, hoje é o seu aniversário... Como estive empenhado no seu presente na quinta e sexta, para fazer a surpresa no sábado, acabei não preparando nada pra hoje... Quando abri o comentário bati o olho no seu apelido - "Papay" -, e encontrei o mote para escrever este carinho: lembra do que aconteceu? Claro que sim... Mas deixe-me contar como vivi e senti - dramática e ternamente... Levo comigo esta sensação de guerreiro que encontra em seu lar a figura de um castelo, onde pode descansar das batalhas, recolhido à sua família, e junto ao fogo... Uma boa música, boas conversas, e muita atenção e generosidade de uns para com os outros; este é o meu sonho, essa é a minha causa... São três mulheres lindas, e um cachorrinho ainda mais lindo - não podem concorrer com o Bono!!! E é assim, vindos lá de fora, protegidos por uma muralha imaginária de segurança, para estarmos juntos... Tudo para ver os seus rostos refletidos contra a luza do fogo ou de nossos muitos abajures... Tudo para vê-las felizes e realizadas... E assim foi no dia de sua matrícula... Como estávamos felizes!!! Mas, considero o 'trote' uma imbecilidade - rsrsrsrsrs, não sou um homem de meias palavras... Não tolero o sofrimento de nenhum ser humano, mesmo que alguns idiotas praticamente implorem para receber um trote [sic]... Então não seria assim com a minha princesinha, com a caçulinha da casa - depois do Bono, rsrsrsrs -, pelo menos debaixo de minhas asas... E assim foi, no momento oportuno, o cavaleiro protegeu a sua filhinha 'donzela' - e espero que de hoje em diante não te chamem de 'donzela', rsrsrsrs; seria muita sacanagem... Mas a galera encontrou uma maneira inteligente e pra lá de simpática de contornar o momento 'durão do valentão' - e agradeço pela gentileza... PAPAY... Afinal, o 'papai' deixou lembranças no trote... Você bem sabe, e isso talvez eles não possam partilhar conosco, que isso seria um prêmio para mim; e isso porque adoraria ser lembrado pela figura paterna... E então, 'Papay', o seu 'papai', ficou tatuado na sua passagem pela USP, de forma indelével; e encontrei - sem procurar - uma forma de estar sempre ao seu lado... Sempre que perguntarem o 'porquê', saberão que existe um papai zeloso e dedicado, disposto a dar a própria vida por sua família... Dramaticidades shakespearianas à parte, estou onde gosto de estar, pertinho de vocês... Desta condição insistente de 'papai', posso apreciar a maravilhosa relação de vocês, deleitando-me com a maravilhosa prosinha que você escreveu para a sua irmã em seu aniversário; mas também degustando da imperdível declaração de amor que ela dedicou a você, filhinha... Tudo isso não tem preço... O computador e outras 'coisinhas mais' nós pagamos com MasterCard... Feliz aniversário 'papay' - ops!!!... filhota...

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