Querida, sobre:
'A gente faz a vida ou a vida faz a gente?'
[..] eu diria que: somos parte de um processo complexo chamado VIDA... Somos 'feitos' ou 'moldados' por 'ela' - ou por este processo 'cego' -, e somos um meio pelo qual 'ela' se transforma... Se resumirmos a questão às nossas vidas, devo dizer que 'somos quem somos sem intencionar sê-lo', em termos de 'processador neurofisiológico'... Somos 'cérebro', matéria, circuitária neural - e sem demérito... Esta aparente 'impotência', que não pode ser confundida com mito do determinismo biológico, abarca uma gigantesca capacidade de absorver novas referências e transformar o nosso 'COMPORTAMENTO'... Ou seja, seremos sempre 'os mesmos', mas podemos ao longo de toda a vida 'mudar' o nosso COMPORTAMENTO, pelo aprendizado de novas referências...
E o nosso comportamento, por sua vez, afetará as referências e comportamentos de outras pessoas, em uma cadeia fantástica, e poderosa, que afetará a 'VIDA', de forma extrapolada... Ainda assim, para que possamos 'aprender' novas referências, ou modificar as existente, dependeremos de nossa neurofisiologia e nossas afinidades inatas, para só então depender do acaso de nossos encontros e desencontros, onde a oportunidade de aprender estará jogada à sorte de nossa percepção... Simplificando, somos quem somos sem intencionar ser, e nas célebres palavras de Schopenhauer:
'O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer.'
Por outro lado este 'homem', tem a capacidade de 'aprender', de registrar referências e compará-las com sua percepção, e daí nasce o COMPORTAMENTO... Podemos mudar, e mudamos, só não poderemos escolher 'quando mudar', senão pela luta incessante entre preparação e oportunidade, quando só aprendemos quando estes dois vetores se unem e a mensagem, por meio do acaso, encontra o receptor... E aprendemos...
Sei que a resposta ficou um pouco longa, mas desconfie de respostas curtas para perguntas complexas - sempre...
Em suma querida, o comportamento decorre de nossa natureza e das referências 'anotadas', e vem de nossa natureza a capacidade de assimilar novas referências, e os vieses para esta percepção, a intensidade, o grau de atenção, as 'prevenções'... E assim caminhamos, contando com a oferta de 'ensinamento', e a nossa subsequente possibilidade de assimilar... E isso tudo nos torna diferentes, e 'maravilhosamente' imperfeitos... Rsrrsrsrs, e assim é, sendo...
Existem ensinamentos mais ou menos corretos, e existe o conhecimento 'antigo', e o conhecimento 'errado'... E existem as 'crenças', ou o avesso do conhecimento - a ausência de aprendizado... Quando cremos, não aprendemos... Só existe conhecimento pela 'Ciência', i.e., só podemos 'conhecer' quando nos tornamos 'cientes'... E só devemos aceitar o que pode ser corroborado por provas, sob pena de cometermos injustiças - e muitas já foram cometidas, e muita sangue já foi derramado...
E a sua 'questão' nos remete quase que diretamente a Hamlet... 'To Be or Not To Be: That Is The - fucking [grifo meu] - Question.' Shakespeare nos dá a dica da resposta, e mais adianta: 'But Let it be.' Mas, para que, além de respeitar os nossos desejos, respeitemos e valorizemos os desejos dos demais, precisaremos endereçar a verdade, e não há como fazê-lo senão pelo ceticismo e pelo conhecimento... Precisamos descobrir, por detrás das máscaras da socialização, quem realmente somos... para ser de propósito... E cientes de que podemos mudar o nosso comportamento se mudamos as nossas referências... E precisamos de referências fundadas na realidade, se consideramos um propósito... Se consideramos que os nossos desejos devam estar integrados aos desejos dos demais.... Vamos na mesma nau, e para lugar nenhum, mas podemos ir melhor do que ontem, e melhor do que hoje - sempre... O arremate vem - também - com Hamlet: '. The Rest Is Silence. Dies.'
Como viveremos o restos de nossas vidas à caminho da morte certa??? Esta é a REFERÊNCIA ESSENCIAL PARA A VIDA: A CERTEZA DA MORTE...
P.S.: Acho que o arrazoado acima serve com base para a distinção entre 'natureza' e 'comportamento'... O resto é silêncio...
Em suma querida, o comportamento decorre de nossa natureza e das referências 'anotadas', e vem de nossa natureza a capacidade de assimilar novas referências, e os vieses para esta percepção, a intensidade, o grau de atenção, as 'prevenções'... E assim caminhamos, contando com a oferta de 'ensinamento', e a nossa subsequente possibilidade de assimilar... E isso tudo nos torna diferentes, e 'maravilhosamente' imperfeitos... Rsrrsrsrs, e assim é, sendo...
Existem ensinamentos mais ou menos corretos, e existe o conhecimento 'antigo', e o conhecimento 'errado'... E existem as 'crenças', ou o avesso do conhecimento - a ausência de aprendizado... Quando cremos, não aprendemos... Só existe conhecimento pela 'Ciência', i.e., só podemos 'conhecer' quando nos tornamos 'cientes'... E só devemos aceitar o que pode ser corroborado por provas, sob pena de cometermos injustiças - e muitas já foram cometidas, e muita sangue já foi derramado...
E a sua 'questão' nos remete quase que diretamente a Hamlet... 'To Be or Not To Be: That Is The - fucking [grifo meu] - Question.' Shakespeare nos dá a dica da resposta, e mais adianta: 'But Let it be.' Mas, para que, além de respeitar os nossos desejos, respeitemos e valorizemos os desejos dos demais, precisaremos endereçar a verdade, e não há como fazê-lo senão pelo ceticismo e pelo conhecimento... Precisamos descobrir, por detrás das máscaras da socialização, quem realmente somos... para ser de propósito... E cientes de que podemos mudar o nosso comportamento se mudamos as nossas referências... E precisamos de referências fundadas na realidade, se consideramos um propósito... Se consideramos que os nossos desejos devam estar integrados aos desejos dos demais.... Vamos na mesma nau, e para lugar nenhum, mas podemos ir melhor do que ontem, e melhor do que hoje - sempre... O arremate vem - também - com Hamlet: '. The Rest Is Silence. Dies.'
Como viveremos o restos de nossas vidas à caminho da morte certa??? Esta é a REFERÊNCIA ESSENCIAL PARA A VIDA: A CERTEZA DA MORTE...
P.S.: Acho que o arrazoado acima serve com base para a distinção entre 'natureza' e 'comportamento'... O resto é silêncio...
Carlos Sherman
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