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domingo, 9 de junho de 2013

Cansado...



Publicaram mais uma vez sobre a pertinência das 'cotas raciais'

Não entendo essa mania das pessoas, de pensar que a ampliação dos direitos de outro grupo de inserção social vá diminuir os seus. O outro não é uma ameaça, é também um agente de transformação e consciência.

Sucesso total em termos de 'curtição'... Aí vieram os comentários, que descambaram em um novo rumo, confiram:

Wagner Kinera: Bah, a questão é a seguinte, legislação por exemplo. a lei foi feita pra ser justa,daqui uns dias vou querer ser homossexual e negro pois quem mecher comigo terá uma penalidade perante a lei bem maior que quem agredir ou ofender uma pessoa branca hétero.

[mecher é foda!!!]

"A lei foi feita para ser justa"

Juspositivismo? Eis aí o "relativismo" jurídico...

Então para você, por exemplo, é justo que, os iranianos apedrejem a mulheres e homossexuais. Porque, para eles, a lei é justa.

É exatamente o que disse o W. Kinera.

Onde é que entra a liberdade de todos os seres humanos de NÃO SEREM AGREDIDOS? O problema não está em escolher bem quem você agride, O PROBLEMA ESTÁ EM AGREDIR, se é gay, índio, branco, ninguém deve ser agredido.

Para mim não importa a quantidade de anos que uma pessoa pega, e não é X ou Y, agredir um hétero ou um homossexual, na verdade, agredir um homem gay, na lei, é X+Y, você está agredindo um homem, então pega a pena, + o fato de ele ser gay, pega mais pena, E É ISSO AÍ, AGRESSOR.

A lei foi feita para quem a fez manter-se no poder, não para ser justa.

fato,mas o certo é aceitar o fato de estarmos no brasil ou tentar mudar essa porra toda pro que consideramos correto?

Quem meXer com qualquer pessoa, branco, preto, amarelo, azul, verde....canhoto, destro, magro, gordo.......está sujeito à lei. Dizer que este ou aquele grupo é privilegiado é ridículo. As pessoas com comportamentos considerados "diferentes" ou historicamente marginalizados (não por opção) querem apenas o direito à igualdade.

Apenas os direitos humanos garantem a total isonomia. Isso é evidenciável e coloca teorias jurídicas como o positivismo jurídico na condição de inferiores. Por serem relativistas.

Não é questão de fazerem leis para proteger homossexuais de serem agredidos, a lei contra agressão já existe. O que precisam fazer é quando alguém ser agredido, seja homossexual ou heterossexual, que seja punido conforme os parâmetros das leis já existentes.
Mas como disseram o negócio é fazer leis para se manter no poder, para demonstrar trabalho e parecer que está defendendo uma minoria.

Bom, estava cansado de toda esta baboseira, e desembainhei com vontade:

Que confusão, que completa inversão de valores... Se quiserem opinar, ao menos pensem, reflitam, ESTUDEM.... Quanto imbecilidade junta... Primeiramente a preferência sexual de uma pessoa é assunto íntimo, e fim de papo, ou seja, ninguém, e sob nenhum pretexto tem o direito de interferir no direito inalienável de um cidadão decidir sobre o afeto que sente, e nem por quem sente... 

Em segundo lugar, e este tema não tem absolutamente nada a ver com o primeiro, não existem RAÇAS humanas, de forma que discriminar as pessoas por raça está completamente errado, seja lá porque motivos forem, e de fato, o assunto foi tratado politicamente, e de forma inteiramente equivocada... E neste caso 'sim', com a supressão do direito de outros... Ou seja, a questão das cotas é ridícula, decorre de pleno desconhecimento da História, toda ela, e 'sim', subtrai vagas de outros cidadãos que tem o mesmo direito cidadão a estudar em escolas públicas... 

E sem essa de 'Brasil', todos os problemas e questões supra-citadas são questões internacionais... Também é besteira insistir no maniqueísmo conspiracionista... Pessoal, estudem, escutem, instruam-se, pensem, antes de decidir se realmente tem alguma coisa para escrever... Em geral, e pela média deste chat, ninguém merecia ter interrompido o silêncio... 

Ser 'gay' não interfere no direito de ninguém... Subtrair vagas em universidades sim... E a questão racial não pode estar mais longe de tratar do tema de forma isenta... Negros escravizaram negros, e venderam para os portugueses... Negros alforriados possuíam 'gente', ou seja, seus próprios escravos... Zulu dos Palmares possuía escravos - cerca de 400 -, e talvez tenha sido o maior possuidor de 'gente' da época... O termo escravo vem de 'eslavos', homens de olhos claros, loiros, do leste europeu, 'escravizados' por outros loiros, desta vez germânicos, ou povos vindo do Mediterrâneo... E o tema é tão velho como a civilização... Estudem a História e saberão...

Mas a escravidão no Brasil - por exemplo - começa com a dominação dos ditos povos e reinos 'negros' sobre os ditos dominados 'negros', e os dominantes vendiam seus escravos aos portugueses... Assim funcionava.. O maior traficantes de escravos da África Atlântica foi Chachá, de origem dita 'negra'... Insisto no 'dita e dito' porque de fato não existe nenhuma sustentação REAL, factual, e portanto em nossa biologia, para tal... Seu Jorge e Neguinho da Beija Flor descobriram recentemente - em um estudo - que tem genética européia, enquanto Alcione se aproxima mais da genética dos povos da África... E Seu Jorge e Neguinho da Beija Flor tem a pele mais escura do que Alcione... Somos todos filhos de uma mãe africana, proveniente da África Oriental, e cujos filhos e netos, a cerca de 250.000 anos saiu para ver o mundo, e conquistá-lo...

Porque a simples quantidade de melanina na pele deve alterar os direitos de um cidadão??? A quantidade de melanina nada versa sobre o caráter, nem sobre a musicalidade, cultura, etc, estando tão e somente relacionada à proteção contra a incidência de luz ultravioleta... Tivemos tanto 'negros' quanto 'brancos', ou 'mais ou menos' negros e brancos, envolvidos - por exemplo - no tráfico de escravos... Negros como Chachá, o maior traficante de escravos da Africa Ocidental ou Atlântica, e seu genro, o famoso Zé Alfaiate...

Zé foi capturado ainda em sua tenra na juventude por outros negros em Angola e vendido a traficantes portugueses, transportado com requintes de sofrimento e humilhação, nas terríveis naus negreiras, ao Brasil... Em 'Terras Brasilis', e após extenso trabalho escravo, Zé foi alforriado por um 'branco' generoso - coisa rara, presumo -, decidindo portanto retornar à sua terra natal... Mas para quê? Para trabalhar como 'alfaiate'??? Não, Zé casou-se com a filha de Chachá e passou a cuidar do negócio do 'sogrão', 'capturando e traficando escravos negros'... Assim como contamos brancos lutando pela abolição da escravatura, também contabilizamos negros lucrando com tal negócio... Assim como podemos notar que a África, até hoje, e como nenhum outro continente, excede-se em trabalho escravo...

Voltando a Zé Alfaiate: Por volta de 1830, José Francisco dos Santos, escravo, sofrido, capturado e trazido da África, alfaiate de profissão, o "Zé Alfaiate", conquistou a sua liberdade... Enfim estava livre de um sistema que operava sobretudo no Congo e Angola, e onde negros capturavam outros negros, que eram negociados com os portugueses para vir ao Brasil executar trabalhos forçados... Enfim livre... Zé Alfaiate poderia então exercer a sua profissão, certo? Errado...

Zé voltou para a mãe África e sabem pra quê? Para se tornar traficante de escravos... Um dos negócios mais lucrativos que havia por lá... Casou-se com a filha de Francisco Félix de Souza - ou Chachá -, um negro conhecido como "o maior vendedor de gente da África Atlântica"... Zé passou a operar o negócio do sogrão, mandando ouro, azeite de dendê e negros a toda parte - onde a pressão inglesa pelo fim da escravidão ainda não tivesse chegado... Zé escreve de próprio punho:

"Por esta goleta [embarcação] embarquei por minha conta em nome do senhor Joaquim D´Almeida 20 balões [escravos] sendo 12 H. e 8 M. com marca '5' no seio direito. Eu vos alerto que a marca que vai na listagem geral é 'V seio' mas, como o ferro quebro durante a marcação, não houve então outro remédio senão marcar com ferro '5'"

Aterrorizado??? Enojado??? Revoltado??? EU TAMBÉM, apesar de pertencer, nesta nova classificação por raças, à raça 'parda' - presumo... Não importa a cor de Zé, nem a das pessoas que ele submeteu à dor e humilhação... A cor não importa, afinal 'qual a cor do poder'??? O que importa é a dignidade humana...

É, tem um povo que infelizmente, tá muito longe de uma compreensão científica e universal da situação.

Obrigado... Mas seguindo...

Devo dizer que esta pérola da sandice humana, supera Aristóteles em imbecilidade escravagista, e assombra pelo desprezo ao ser humano... Todas as vezes que leio isso sinto arrepio pelo sofrimento alheio, seguido de indignação e revolta... Por que não fiz nada? Eu não estava lá, mas estou aqui, e posso fazer a minha parte hoje... Posso lutar e impedir qualquer tipo de opressão... Meto-me em confusões na rua, e pratico esta coerência, lutando contra injustiças de toda ordem... Mas é agora que pretendo dar o cheque mate, subtraindo força do grand finale:

Você já pararam para pensar - claro que não - que podemos estar separando cotas para os descendentes de Zé Alfaiate e Chachá? A escravidão não foi um problema de raça...

Durante muito tempo a existência de raças humanas era considerada coisa certa, pelo menos para os leigos, os inocentes e os mal-intencionados; falava-se em negros, brancos e amarelos; falava-se, às vezes, em ameríndios, em habitantes da Nova Guiné... Pensava-se até que traços físicos distintos como cor da pele, dos olhos e do cabelo, formato da cabeça, tipo de cabelo, estrutura física pudessem, além de diferenças aparentes, representar níveis diferentes de inteligência, de aptidão, de formas de comportamento, até de moralidade... Mais recentemente a teoria de diferenças genéticas substituiu, para muitos, a ideia da aparência física, como fator de explicação para a variedade racial... Uma forma mais moderna e sofisticada do mesmo discurso... Muito embora discriminar as pessoas por conta da cor da pele, da língua, da religião ou até do passaporte tenha se tornado um hábito no mundo da informação, não existe nenhuma base científica que suporte tais classificações...

[...] a palavra raça não identifica nenhuma realidade biológica reconhecível no DNA de nossa espécie, e que portanto não há nada de inevitável ou genético nas identidades étnicas e culturais, tais como as conhecemos hoje em dia. Sobre isso, a ciência tem ideias bem claras.
Guido Barbujani
 (‘A Invenção das Raças’, 2007)


O que pensar sobre grupos que enaltecem a 'Cultura Branca'? Somos todos humanos, demasiado humanos... Independente da quantidade de melanina em nossa pele... Essa é a Cultura Humana, a sua, a minha, a nossa...

Entre 1500 e 1800, e portanto no mesmo período em que vigou a escravidão no Brasil, estima-se que os reinos árabes do norte da África capturaram cerca de 1,5 milhões de escravos brancos - a maioria proveniente da costa mediterrânea...

Platão e Aristóteles - dois imbecis endeusados como filósofos - eram francamente favoráveis à escravidão, e a boçalidade de Aristóteles se destaca, e realmente me assombra um pouco mais a cada dia:

"(...) algumas pessoas por natureza são escravos (...) É correto que os gregos governem os bárbaros, por natureza o que é bárbaro e o que é escravo são a mesma coisa (...) Pois que alguns devam mandar e outros serem mandados é algo não apenas necessário, mas apropriado; a partir da hora de seu nascimento, alguns são marcados para a sujeição, outros para governar. (...) Essa pessoa é por natureza um escravo que pode pertencer a outra pessoa e que só participa do ato de pensar por reconhecê-lo, mas não por possuí-lo. Outros seres vivos (animais) não conseguem reconhecer o pensamento; obedecem apenas os sentimentos. Contudo, há pouca diferença entre usar escravos e usar animais domesticados: ambos fornecem auxílio físico para fazer coisas necessárias."

E toda esta imbecilidade aristotélica, bárbara e ignóbil, falava em escravizar brancos - talvez alguns mongóis amarelos e árabes pardos... Os negros andavam um pouco distantes... 

Em Sabará, segundo o Arquivo Público, no ano de 1830, haviam mais mulheres negras e pardas donas de escravos do que mulheres brancas:

"229 morenas e negras com escravos, 223 mulheres brancas com escravos (...) em 1.811 casas, 776 eram chefiadas por pardos e negros (43%)"

Em Serro Frio, a análise dos registros fiscais em 1738, mostra que:

"22% dos 'proprietários de gente' haviam vivido em cativeiro (...) 63% deste grupo eram mulheres (...) os libertos possuíam em média 2 escravos, enquanto os brancos 5"...

Em Campos dos Goytacazes, no final do século XVIII, um terço da classe senhorial era composta por "gente de cor"... O fenômeno, além de Minas e Rio, se repetia na Bahia e em Pernambuco... No Vilarejo de São Gonçalo dos Campos, próximo a Salvador, pardos e negros, possuíam 29% de todos os "cativos", contra 46,5% em Santiago do Iguape...

Surpreso??? Agora vem o choque: Zumbi - ou Zambi -, aquele 'dos Palmares', tinha escravos!!! Muitos...

O homem cuja data da morte marca, em nossos dias, a celebração da consciência negra, no século XVII capturava escravos nas fazendas vizinhas para que executassem trabalhos forçados no famoso Quilombo dos Palmares... Os escravos fugitivos que alcançassem o famoso quilombo eram considerados homens livres, mas aqueles que eram capturados - negros - em fazendas vizinhas, eram tratados como escravos... Percebam então, que a atrocidade da escravidão, em um mundo pré-humanista, era encarada com naturalidade, e não tinha relação direta com a cor...

Não havia uma cor para o opressor e uma cor para oprimido... Essa é uma retumbante falácia... E dizê-lo é bem diferente de negar que milhões de pessoas sofreram terrivelmente ao serem capturadas e comercializadas como objetos, como animais... Mas milhões de judeus também sofreram atrocidades, assim como milhões de pessoas foram mortas por Stálin, Hitler e Mao... Seus descendentes devem sofrer muito por isso... Poderíamos instituir um regime de cotas ainda mais abrangente, ou não instituir nenhum...

Negros alforriados, trabalhavam e ganhavam dinheiro com o negócio da escravidão, entre o Brasil e a África... O homem, 'dito civilizado', escraviza outros homens - brancos, amarelos, pardos, índios, negros - desde o início da civilização, a cerca de 15.000 anos... Este terrível quadro só foi alterado com o iluminismo e o humanismo, e agradeça aos ingleses, branquelos, por isso; um século depois da morte de Zumbi, e a 7.000 quilômetros de distância de Palmares... Agradeça também aos americanos, brancos, e à Declaração de Direitos da Virgínia de 1776, donde se lê no artigo primeiro:

"Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm direitos certos, essenciais e naturais dos quais não podem, pôr nenhum contrato, privar nem despojar sua posteridade: tais são o direito de gozar a vida e a liberdade com os meios de adquirir e possuir propriedades, de procurar obter a felicidade e a segurança."...

Nem Aristóteles nem Zumbi pensaram nisso... Mas, o que a nossa sociedade democrática e republicana, o que eu e você, que jogamos o mesmo jogo constitucional, sujeitos aos mesmos impostos e leis, temos rigorosamente a ver com isso? Nós, que nunca manifestamos nenhum tipo de racismo, e não contribuímos para nenhum tipo de desigualdade? Entendam a escravidão, entendam a escravatura no Brasil, entendam a democracia, estudem, aprofundem-se antes de emitir opinião...
Somos todos humanos, demasiado humanos... Somos diferentes, individuais, mas decidimos viver em pé de igualdade - sem exceções... Não existe valor mais humano e civilizado... Exigir igualdade é uma manifestação do amor e da solidariedade... Lutemos contra toda sorte de desigualdades, comecemos por condenar as cotas raciais...

O que devemos aprender com a escravidão, com as exploração dos 'eslavos', com a ignorância aristotélica, com as atrocidades cometidas pelos reinos estabelecidos no Congo e Angola, com a carta de Zé Alfaiate - que particularmente me embrulha o estômago -, com os registros históricos do que foi a escravatura em todos os tempos e lugares, e afligindo todas as raças, e com a participação portuguesa no negócio, em particular no Brasil, entre os séculos XVI e XIX? A mesma lição que devemos tirar do Holocausto judeu, do leninismo e do stalinismo, do nazismo, e da Inquisição Católica, entre outras tragédias humanas... Devemos aprender o quanto a desigualdade foi opressora e cruel, para não repeti-la... Devemos aprender sobre os recentes valores da igualdade e respeito a vida...

A escravidão não foi um flagelo negro, foi um flagelo humano... 

Lisiane Pohlmann: Bingo, Carlos Leger Sherman Palmer (sobre não repetir os erros do passado, e sobre a escravidão ser um flagelo humano, embora tenha uma opinião diversa sobre cotas).

Andre Sereno: Bom, falávamos dos gays, assunto original do primeiro post da Lisiane. Se o assunto agora são as cotas, o motivo maior delas é a correção de uma injustiça histórica.
Não há raças, sabemos, mas não foi com esse entendimento que a sociedade brasileira se... e blá blá blá...

É que um tal de Wagner considerou as vantagens em ser 'gay ou negro', misturando as questões...

Mas é a mesma ladainha de sempre... 

Por tudo isso, e baseado em princípios, e por principio ético, e de igualdade de condições - e porque a vida e a história é um processo contínuo, sem culpados nem inocentes - que sou contra medidas que beneficiem uns e prejudiquem outros, sob nenhum pretexto... À exceção - evidentemente - de indivíduos portadores de deficiências ou que apresentem - comprovadamente - necessidades especiais... A quantidade de melanina na pele não é deficiência nem requer cuidados especiais... É antes, bonito pra caramba, rsrsrsr... Uma linda vida - justa - a todos... Os meus amigos, cuja pele é rica em melanina aprovam este concepção... E sobre gays, qual é o problema? Afeto é assunto pessoal e íntimo... Não gosta do homossexualismo? Então não seja homossexual...

Glauber Frota: As cotas são uma medida paliativa que visa incluir e estudar a melhoria da qualidade de ensino superior no País. Além do mais, tal medida é importante porque o que mais existe nas faculdades de medicina do País, são carros e gente vestindo roupas da melhor qualidade. Por que esse pessoal não estuda em universidades privadas? A resposta é que essas além de serem uma porcaria, fabricam diplomas e não fornecem uma formação acadêmica. Formam mais peças para o mercado de trabalho.

Lisiane Pohlmann O meu problema com a questão das cotas raciais é o termo. "Raça" já caiu faz tempo. O termo me faz pensar diretamente em preconceito (um oroboro).

Glauber Frota: Afinal, é tamanha a opressão daquela garota que foi barrada no exame do ENEM porque tinha a miserável renda de oito salários mínimos.Seres humanos não são designados por "raça". Todos somos povos... Essa história de "raça" é mesmo um vício de antropólogos...

Exatamente Glauber... Antropólogos e Sociólogos... Também precisaríamos destacar a falácia 'rousseauliana' do 'bom selvagem', ou da 'boa minoria'...

Quando estamos diante de ilusões, tentamos corroborar as nossas 'crenças',e defender as bandeiras que estão desfraldadas, ou invés de optar pelo crivo da lucidez, na tentativa cética - logo ética - de refutar as nossas certezas, em favor da verdade... Logo abaixo da superfície de bate papos como este, existem temas e conceitos profundos, que muitas vezes, e em meio á eloquência 'torcedora', nem sequer tangenciamos... Coloquem os assuntos em perspetiva, primeiro semântica, depois conceitual, antes de bramir aforismos ou 'desaforismos'...

Na Psicologia, a defesa 'aparentemente racional', e seletiva, tendenciosa, de ilusões às quais aderimos de forma torpe, é conhecida como 'viés' ou 'desvio' de confirmação... te é um grande entrave para o desenvolvimento de bons debates, e para a superação de grandes problemas...

"[...] a compreensão humana, após adotada uma opinião, coleciona quaisquer instâncias que a confirmem, e ainda que as instâncias contrárias possam ser muito mais numerosas e influentes, ela não as percebe, ou então as rejeita, de modo que sua opinião permaneça inabalada" - Francis Bacon (1620)

Existe uma questão crucial, e muito mal entendida de forma geral, que confunde como as coisas 'são' com como 'deveriam ser'... Através da Ciência entendemos como 'é'... E através de nossos acordos sociais - leis, diretrizes - trataremos de conjurar aquilo que 'gostaríamos que fosse'... Existem dois desafios aí, primeiramente saber como 'é', ou seja, como funciona o comportamento humano e coletivo, e estamos avançando a passos largos sobre esta questão... Porém, e a partir do conhecimento sobre a realidade, precisaremos concordar sobre 'como deveria ser', para acionar os devidos mecanismos sociais e políticos nesta direção... E este processo é muito mais complexo, tortuoso e dificultoso... E precisamos estar livres do maniqueísmo bíblico, do falso moralismo, e do animismo conspiracionista, se quisermos realmente contribuir em questões delicadas sobre 'direitos e deveres'...

O que 'é' ser homoafetivo, ou possuir mais melanina na pele??? E se faz mister evitar a sedução do 'bom selvagem' ou da 'boa minoria', afinal podemos perfeitamente entender a condição da 'minoria' gay como pertinente, e discordar da questão de cotas raciais que favorece a 'minoria' que possui mais melanina na pele - mesmo que este tema seja pra lá de subjetivo... Podemos entender a posição de um grupo que busca a igualdade, e não reconhecer a condição de outro que busca retratação, e consequentemente foro privilegiado de direito...

Octavio Pinheiro Machado Milliet: O fator racial nada mais é que uma explicação para o efeito do que foi feito com os escravos após terem sido libertados, ou seja, jogados aos montes, com pedaços de entulho para fazerem suas casas e no fim, continuarem trabalhando pro uma merreca até os dias de hoje.

Concordem ou não que os pobres do país são explorados, que não é o caso, o fato é que eles são pobres, e pobreza não deve existir num país ideal. Já que o norte das decisões de um Estado, sendo ou não utopia, é a ideia de um país ideal, o que pretende-se fazer é diminuir a diferença social.

Perdão, nenhuma vaga é "subtraída" com as cotas, pelo contrário, por conta das cotas a média dos estudantes, quero dizer, a média intelectual dos estudantes das universidades públicas sobe, já que fica mais difícil para os que tiveram ensino privado, os vagabas playboys não entram mais, e os vagabas pobres nunca chegaram a ter uma chance, e ainda não tem.
Quem agora tem chance são os mais estudiosos dos afortunados e os mais estudiosos dos não afortunados, logo, mais estudiosos de ambos os lados.

Fora que, falando em sociologia e antropologia, temos aí um caso onde espera-se que o altruísmo humano entre em jogo em pelo menos uma parcela dos novos estudantes, esses que vem das classes mais baixas podem se ver mais aptos e atentos aos problemas de suas famílias, de suas origens. Mas aí é apenas especulação.

Todo o fator histórico que levou a nossa situação ao que ela é não conta NADA no final das contas, as cotas não são uma correção para uma injustiça histórica do passado, elas são uma correção para a situação do presente, a diferença social enorme desse país, é disso que se trata.

Octavio, discordo, as cotas subtraem efetivamente vagas de candidatos mais qualificados, e se este não fosse o caso simplesmente não existiriam... Isso é for privilegiado de direito, evocando uma retratação histórica absurda, por meio da discriminação pela quantidade de melanina na pele... Isso é rigorosamente absurdo... Leia todo o exposto... Cor da pele não é parâmetro de descendência... Não exste a figura constitucional de foro privilegiado para retratações históricas... Tudo isso é uma pena... Agora estaremos falando sobre 'raça', e provando pertencermos a esta ou outra raça... O número de vagas 'igualitárias' para estudantes na UFCSCar foi reduzido a 40%... Isso é um for privilegiado absurdo... Sem considerar, que as pessoas com mais melanina na pele, são minoria em nosso país... E somos todos brasileiros, e somos todos descendentes de uma única mãe africana, toda a humanidade...

A Sociologia está montada sobre falácias... Ao contrário do que postulou Durkheim - omnia cultura ex cultura - insisto e posso demonstrar que 'omnia cultura ex hominem'...

Robert Brenner: "Podemos entender a posição de um grupo que busca a igualdade, e não reconhecer a condição de outro que busca retratação, e consequentemente foro privilegiado de direito..."

Bom, o campo da opinião estará sempre sujeito a peculiaridades sobres as quais a política não deve esperar. Enquanto as pessoas que têm privilégios os desfrutam, tem gente dependendo de certas medidas para aumentar suas perspectivas de vida. É muito cômodo alguém numa circunstância social confortável discordar sobre desigualdade social, por exemplo, haja vista que é cabível você dizer: não, não existe desigualdade. Isso é coisa de marxista ( por mais tosco que pareça, existe gente pra afirmar isso, dando mostras que a opinião isolada não pode permear a política).

Contextualizando para nosso bate papo, o ingresso dito meritocrático não avalia questões vocacionais, conhecimentos de fato necessários ao exercer daquele curso e por aí vai. Existe é um sistema de eliminação de concorrência para conferir o acesso de poucos ( nisso não estou retomando a ideia de exclusão, pois a baixa quantidade de vagas é uma característica inerente a grande demanda em desproporção com o que as universidades podem oferecer).

Então, um cotista pode se desenvolver tão bem ou até melhor que um aluno comum, pois o exame vestibular nunca conferiu mérito a ninguém. Não quero ser arrogante, mas qualquer tentativa de compreensão básica a respeito de educação vai possibilitar essa apreciação. Ou seja, a cota, ao possibilitar o ingresso, está fazendo uma reparação social e viabilizando um avanço cultural e intelectual no país, na medida em que dissemina o conhecimento para toda a sociedade, sem restrição de classe econômica.

A preparação quase que robótica de algumas instituições particulares conferem cotas de quase 100% para seus alunos, pois excluem os despreparados dessa disputa. E veja bem: não é uma questão de qualidade de ensino na concepção da palavra, embora eu mesmo tivesse citado lá atrás, pois aprovação em concursos - quaisquer que sejam eles- não atribui qualidade educacional, mas sim o corpo de atividades escolares, bem como a formação mais ampla possível, como a cidadã etc.

Não existe nada mais na história do que aleatoriedade, que será reescrita e reordenada a posteriori... 

Robert, isso foi dito para separar os dois temas, reconhecimento do direito de unir-se que com quisermos, e a busca de retração histórica, através de um foro privilegiado de direito... O que implica em desigualdade... Não existe a questão da retratação, sendo esta tratada de forma tristemente política, e pautada em ampla ignorância sobre o tema... Genética, Antropológica e Histórica... O que é ser negro? Quais os fatos que contam esta história...

Robert, você está confundindo direitos iguais com resultados iguais... E insisto, porque está baseado sua opinião em falácias... Explico, duas pessoas, que recebam iguais oportunidades SEMPRE chegarão a resultados diferentes, a menos que sejam gêmeos idênticos, e somente neste caso chegarão a resultados similares...

A vida É assim... Mas isso é diferente de prever leis igualitárias... Você está 100% enganado... As leis privilegiam os mais pobres... Não me refiro à aplicação, refiro-me ao estatuto... Porque pessoas que ganham mais pagam mais impostos, em termos proporcionais???

Tenho um funcionário muito pobre, que ajudei a estudar, se formou e hoje tem uma excelente vida, e seus filhos certamente terão um futuro muito melhor... E daí? Qual é o problema em lograr resultados?

As leis devem ser igualitárias... Assim como o acesso à defesa... A justiça deve ser justa, e igual para todos... Alcançar melhores condições decorrem de muitos fatores, genéticos, neurofisiológicos, e trabalham no tempo, e sujeitos à uma infindável cadeia aleatória...

Octavio Pinheiro Machado Milliet: "Octavio, discordo, as cotas subtraem efetivamente vagas de candidatos mais qualificados,"

Não dos mais qualificados, apenas dos ricos. Os mais qualificados competem não com os cotados, eles competem entre si, entre os mais qualificados.
Quem sai perdendo são os alunos médios e os alunos ruins, que agora sim não terão chances de entrar.
Eu explico melhor:

Temos dois grupos, A e B.
O grupo A possui 10 alunos do ensino privado.
O grupo B possui 20 alunos do ensino público.

A e B juntos estão concorrendo por 10 vagas num curso de uma faculdade pública.
A possui 5 bons estudantes, 2 médios e 3 vagabundos (que não querem estudar de forma alguma.)
B possui 5 bons estudantes, 5 médios e 10 vagabundos.

Sem cotas, a probabilidade é de que pelo menos 6 ou 7 alunos do grupo A passem, e 3 ou 4 do grupo B. Por quê? Não apenas o ensino privado passa muito mais conteúdo, mas outro fator: Cursinho. Os alunos do grupo A, até mesmo os piores, vão fazer cursinho, nem que seja para dormir e tentar aprender por osmose. rs
Eles vão pagar os cursinhos mais caros, sendo assim, até mesmo um retardado passa no vestibular, nem que seja para desistir logo depois da faculdade por ela ser muito difícil.

Já os alunos do grupo B, até os melhores, possuem a desvantagem de virem de colégios públicos, geralmente cheios de complicações pedagógicas e financeiras, causando mais complicações pedagógicas.
Com sorte alguns entraram nos cursinhos públicos que possuem vagas limitadas por aí.

Então sem cotas, vamos estabelecer que 6 (sendo positivo) do grupo A e 4 do grupo B passaram.
Sendo negativo, os dois médios do grupo A e até mesmo seus vagabundos com cursinho conseguem as vagas, exames de múltipla escolha correm esse risco. Temos então 7 do A e 3 do B.

Com as cotas, dependendo da Universidade, vamos supor, 50%, teremos os 20 do B concorrendo entre si por 5 vagas, os 10 do A concorrendo entre si por 5 vagas. E você chama isso de injusto com o grupo A, que ainda por cima pode pagar uma faculdade particular onde a concorrência será ainda menor?

Com as cotas, os 5 melhores estudantes do grupo A, e os 5 melhores estudantes do grupo B, terão mais chance de compor 10 melhores estudantes, nas 10 vagas.

Sem as cotas, é capaz que nem mesmo todos os 5 melhores do B entrem, dando vaga para médios e quem sabe até vagabundos do grupo A.

No final das contas, as cotas aumentam o nível dos alunos que estão nas faculdades públicas.

Outra opção para fazer isso é simplesmente aumentar a média da nota de corte, mas aí é outra história.

Ter leis igualitárias não implica em resultados iguais... E a falácia irresponsável e proselitista do marxismo vendeu esta mentira... Lenin chegou a encomendar a estrutura do 'novo homem' a Pavlov... esqueçam a luta de classes, isso é uma invocação bíblica marxista, rsrsrsrs, esqueçam o fantasma da máquina, o bom selvagem, o livre-arbítrio, o animismo conspiracionista... Estudem o verdadeiro homem, humano, troppo umano... Estudem a Genética, a Neurofisiologia, e a aleatoriedade na vida... Não se pode discutir Filosofia sem entender a mente humana, de fato...

Formação cidadã implica em formação igualitária...

Octavio Pinheiro Machado Milliet: Não falei de filosofia, foi só estatística

Robert Brenner: Octavio, estuda aí na filosofia: Paladino da verdade, capítulo 4 rs.

Octavio, luta de classes é um tema falacioso, e com explicações neurofisiológicas...Mas subtração implica em subtrair, diminuir vagas, ou seja, de 100% das vagas para os melhores classificados, teremos apenas 40%... Isso é um fato, no caso da UFSCar... E mais, o seu critério de ser RICO para ser melhor classificado também precisará ser provado... Esta realidade, dentro da legalidade, e ações positivas, tem sido alterada.... Estudante da classe A não ingressam no ensino público... A predominância é das classes B e C no Brasil...Sendo que hoje a classe C corresponde à 50% de nossa população, mas sei que isso não afetará as crenças daqueles que querem crer que tudo é explicado pela luta de classes: 'malditos ricos'... O meu funcionário, que trabalhava na construção civil, sem haver terminado o ensino médio, hoje ganha R$ 7.000,00... E ganhará muito mais, porque trabalha muito, e seus filhos serão melhores sucedidos... O país melhora, melhoramos todos... Mas temos problemas... Não os problemas que todos imaginam... Com exceção da classe política, e que precisamos confrontar na legalidade... Sem conhecimento sobre o comportamento humano, não existe conversa produtiva, e as ilusões afloram...

Octavio Pinheiro Machado Milliet: Que julgo eu, me baseando na situação da sociedade, é tudo com o que podemos contar. A natureza humana, embora possa ser utilizada para fins especulativos, nada conta na hora de medir o nível dos alunos na faculdade.
Se eles são ou não inteligentes, esse é o fator.
Para que utilizarão essa inteligência é outra questão.
Esperamos que os cotistas possam produzir ao menos alguns profissionais que, conhecendo bem de onde vieram, possam ser ferramentas para melhorar a situação do povo.
Agora, isso não importa, estou falando que as Cotas, no que tange à qualidade dos produtos das universidades, são eficientes.

E não é "riiiiiico", eu mesmo fiz cursinho, no fim de cada ano minha família costuma terminar no zero, sem prejuízo, e vivo em casa alugada. Mas meu caso é a parte da estatística.

Estou falando que as cotas não apenas ajudam a diminuir a desigualdade social, ao menos se nossa esperança no altruísmo estiver correta, ou um pouco correta, mas no mínimo, ajuda com que os alunos de qualidade entrem, e os vagabundos cuja única inteligência é a decoreba de cursinho, fiquem de fora.

E você não precisa repetir várias vezes seus comentários para que eu os leia, caro Carlos Leger Sherman Palmer, rsrs

"A longo prazo, o que nos leva coletivamente, e localmente - seja nacionalmente, estadualmente, municipalmente, tribalmente, etc -, por um ou outro caminho histórico, depende, a priori, da genética projetada sobre o comportamento humano e pessoal, que comporá o mosaico ponderal do comportamento coletivo, que encontrará identidade quando confrontado com as mesmas contingências e desafios geográficos, climáticos e históricos; e cuja adaptação e superação redundarão em progresso – ou retrocesso – tecnológico, manifestações artísticas de identidade, e no conjunto das melhores práticas deste grupo em termos de acordos sociais e políticos, definindo o que convencionamos chamar de realidade cultural... Esta realidade cultural é sempre dinâmica, realimentará o comportamento coletivo, afetando também o comportamento individual... E assim caminham as ‘humanidades’ dentro da Humanidade... Genética e Neurofisiologia, Psicologia Comportamental e Evolutiva, Etologia, Antropologia e História, em um único parágrafo... Este é o ciclo da saga humana – tropo umana...” – Carlos Sherman

Boa noite galera, parem de defender bandeiras, tratem de tentar refutá-las... E assim terão alguma chance de serem imparciais... Estudem Genética, Neurofisiologia e Aleatoriedade... E conheçam a História, os fatos históricos... Estou cansado, rsrsrsrsrs, agradeço pelo debate, mas as ilusões são sempre as mesmas... Triste destino...

Octavio Pinheiro Machado Milliet ok. Não se canse debatendo, rs, não vale a pena. Estude estatística

Esqueçam a vitimologia, esqueçam o maniqueísmo e o animismos conpsiracionista... Fustiguem a VERDADE... Quer ela corrobore ou não as suas adesões opinativas...

Robert Brenner Você faz tudo que acusam os outros de fazer. Mas a vaidade não permite essa observação. Se alguém discordar está iludido e deve estudar rs. Parte do princípio negativo de que não há conhecimento sobre essas áreas e que, mesmo possuindo, as divergências...

Octavio Pinheiro Machado Milliet: Você ta tirando questões de onde não tem, problemas que não são o foco do sistema de cotas.

O passado histórico escravocrata não tem a ver com o sistema de cotas, a única coisa que liga os dois é o fato de que, por acaso, o passado de escravidão é a...

Estude você Otávio, eu estudei Estatística na Unicamp, além de Engenharia Eletrônica na UnB... Estou falando exatamente de estatística, e de aleatoriedade... estive debruçado por toda a tarde sobre Mlodinow, e escrevo sobre isso... Me canso em debater quando vejo crenças travestidas de argumentos... Se entendesse sobre estatística, de fato, saberia do que estou falando... Saberia o que é um falso positivo, um desvio de confirmação e saberia que estamos cercados de aleatoriedade... E saberia também o papel que o tempo desempenha sobre estas questões, e saberia sobre a limitação da visão de curto prazo, e sobre a análise de dados históricos, sejam eles quais forem, à posteriori... O problema, é que estamos longe de tocar nos pontos essenciais... E sabem por que? Porque vocês tratam de defender com argumentos aparentemente lógicos, posições que adotaram por motivo torpe... Homens inteligentes, discutindo questões imbecis...

Octavio Pinheiro Machado Milliet Na verdade eu não precisaria saber de nada disso, já que eu já coloquei a questão de forma muito mais simples. E eu levei em conta o falso positivo.

Você prefere fazer o que? Qual a sua sugestão?
Temos vários paliativos em ação, é a forma que nosso governo encontrou para, sem simplesmente fazer uma reforma financeira no país, levantar uma parcela da população que está na pior situação. Fazendo isso de forma a, não apenas prover recursos a quem precisa, mas prover intelecto para que eles saibam utilizar os recursos.

Eu realmente to pouco me fodendo em defender ou não esse sistema, to pouco me fodendo para tudo esses dias. Então pare de botar palavra na minha boca e leia as palavras que eu escrevo apenas, que tal?

A pessoa que está defendendo uma ideologia aqui é você. Estou apenas falando o que é o sistema de cotas e o que ele pretende realizar.

Robert, sem problemas, mas respeitosamente insisto, homens inteligentes - que não estão devidamente formados para este debate - defendendo crendices sociológicas, e você questiona a validez de meus argumentos em função de minha classe social... Insisto, não podem ir além deste papo de lutas de classes... Esqueçam a sociologia... Estudem - e me repito Octavio - Genética, Neurofisiologia e Aleatoriedade... Sem estas importantes questões sobre a mesa, tudo isso não passa de besteirol eloquente...

Octavio, temos que trabalhar sobre a REALIDADE...

Este é o primeiro ponto.... Estamos falando do mundo real... Só existe um caminho diante da complexidade da realidade, o melhoramento contínuo... Parte por parte, passo por passo, revoluções são pretextos para tiranos...

Octavio Pinheiro Machado Milliet Você então está dizendo que o correto é deixar que se foda, o favelado que pro sorte conseguir estudar na vida, vai passar. O resto que se foda, aleatoriamente

Eu não estou falando da sua classe social, não estou falando da luta de classes, eu até citei sociologia de antropologia para fins ES-PE-CU-LA-TI-VOS, e nada mais, ou seja, não os considerei como argumentos, se isso não havia ficado claro.

A história documenta o que digo....

Robert Brenner Não, a direita é um posicionamento político que não possui implicação sine qua non com renda. Mesmo assim, soa como uma falácia pessoal, mas é apenas uma maneira de perceber a que ponto o debata está indo e não um critério que te exclua. Ou seja, foi um feito consequente do que você havia elaborado até agora.

De forma alguma... Dizer que é irreal uma 'reforma', ou revoluções não implica em seu oposto, ou o 'foda-se'....

Robert Brenner Ridículo, essas crendices sociológicas, vide a luta de classes, não foi substância do discurso favorável as cotas. Você esteve arrogando conhecimento o tempo todo, rebatando um espantalho.

Eu faço o me papel, e vocês??? Contrato pessoas humildes e pago o estudo universitário... Além do que, temos espaço para este tipo de debate em minha empresa... Todos os dias de minha vida debato tais assuntos, escrevo um livro para a conscientização... Minhas filhas levam a minha mensagem, cursos de Direito e Psicologia... Participo de dois grupos de debate com homens notáveis e que fazem a parte deles...

Trabalho por um mundo melhor, mesmo sabendo que não verei os meus resultados tão almejados...

Robert Brenner Parabéns e continue assim (sem ironias).

Porque conheço a aleatoriedade... A Genética, a Neurofisiologia... Existe um distribuição genética para canalhas, rsrsrsrsrs, e eles sempre estarão entre nós... E o livre arbítrio é uma piada... E sendo assim mudar as coisas é bem mais complexo do que parece....

Robert, não posso parabenizá-lo por insistir em lutas de classe....

Octavio Pinheiro Machado Milliet What in the bloody fucking hell! Meu caro, você não consegue interpretar meu texto, estou escrevendo tão mal assim?

Eu não estou fazendo julgamentos morais, eu falei que se o governo não quer fazer uma revolução (e ele não pretende fazer uma, até onde eu saiba, não importa a minha opinião aqui, é um fato), ele utiliza esses paliativos! É MAIS UM FATO! Não estou botando em questão se é bom ou ruim.

Carlos Leger Sherman Palmer Não existem milagres... As revoluções, todas, pagaram um preço alto e casaram retrocesso...

Octavio Pinheiro Machado Milliet "Existe um distribuição genética para canalhas, rsrsrsrsrs, e eles sempre estarão entre nós..."

Com ou sem cotas, faz a MÍNIMA diferença?

Octavio Pinheiro Machado Milliet Eu nunca disse que sou a favor de uma revolução. Che'sus de Cuba!

Estou falando de tiranos, ou estou escrevendo tão mal assim??? Meu amigo, você é provocativo, irônico, e quer um debate???

Acha que questões complexas tem respostas fáceis??? Então leia as tuas próprias palavras e siga em frente...

(...) Existe uma questão crucial,e muito mal entendida de forma geral, que confunde como 'é' e como o que 'deveria ser'... Através da Ciência entendemos como 'é'... E através de nossos acordos sociais - leis, diretrizes - trataremos de conjurar aquilo que 'gostaríamos que fosse'... Existem dois desafios aí, primeiramente saber como 'é', ou seja, como funciona o comportamento humano e coletivo, e estamos avançando a passos largos sobre esta questão... Porém, e a partir do conhecimento sobre a realidade, precisaremos concordar sobre 'como deveria ser', para acionar os devidos mecanismos sociais e políticos nesta direção... E este processo é muito mais complexo, tortuoso e dificultoso...

Octavio Pinheiro Machado Milliet Você acha que estou sendo provocativo e irônico, vai ver é isso que está te fazendo entender muito errado tudo o que eu falo. Faz um favor, pergunte-me o que você quer saber do que estou falando, assim podemos nos comunicar direito, pois tem uma falha muito grande de comunicação aqui. Fora o fato de que você usa o contra-argumento de um no outro debatente, que não argumentou nada a respeito disso (posição pessoal sobre revoluções, defender bandeiras, não fiz isso em nenhum momento).

Está falando de tiranos, e EU REPITO A PERGUNTA:

"Existe um distribuição genética para canalhas, rsrsrsrsrs, e eles sempre estarão entre nós..."

Com ou sem cotas, faz a MÍNIMA diferença? Mais pobres nas universidades, faz a mínima diferença? Os tiranos não surgem aleatoriamente? Nem tanto, educação na minha opinião diminui a chance de tirania, mas isso é especulação, posso estar enganado e não estou usando isso de argumento em momento algum.

Mas botar cotistas nas universidades não muda NADA nas chances (que você julga aleatórias e eu compreendo o motivo) de termos tiranos nas Universidades.

Apenas melhora, diminui a diferença financeira das classes, pois dará empregos decentes a membros dessas classes mais baixas.

O que um assunto tem rigorosamente a ver com o outro??? Ou seja, o que dar um exemplo de igualdade legal, tem rigorosamente a ver com o fato de que existem pessoas ambiciosas, naturalmente falando??? Diretos iguais serão sempre vantajosos,, quer existam pessoas do tipo A, B, C, D, E...

As cotas comprometem o princípio pétreo da igualdade de DIREITOS... Resultados dependem de uma infinidade de fatores... Muitas pessoas estão em situação dificultosa, em função de limitações pessoais, e da aleatoriedade genética, e não o contrário... A ideia de que o homem é produto inequívoco do meio é falaciosa... Inteiramente...

Você acha que o nossa personalidade é influenciado pela educação??? A resposta é não... É assim que 'é'... O que faremos com isso??? Boa questão...

A pirâmide social do Brasil é hoje um losango... Lembre-se que toda a Europa chegou aonde está sem ações positivas... Assim como o Canadá, a Nova Zelândia e o Japão....

Guilherme Azambuja: como não sou tão inteligente e nem estudei genética ou neurofisiologia, acho melhor nem opinar

Precisamos do tempo... Se conhecesse estatística saberia do que estou falando... E o viés é de alta... Mas está muito aquém do que você e eu gostaríamos... E Robert, sobre ajudar pessoas, muitas vezes deu errado... tantas quantas deram certo...

Guilherme, então você pode aprender... Boa noite a todos...


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