O 'Alison Chaves' publicou uma excelente crônica intitulada "Prova Sensível?", e citando as suas fontes, o que considero importante destacar e mencionar:
Susan Blackmore. Experiencias fora do Corpo: Uma Investigação. Sao Paulo, Brasil, Editora Pensamento.
Eben Alexander III. Prova do céu: A jornada de um neurocirurgião à vida após a morte, Editora Sextante/Gmt.
Daniel Dennet. Thank goodness! The third culture. 2006.
Barbara Hagerty. Decoding the mystery of near-death experiences. NPR, 2009.
John Searle. The Problem of Consciousness, Social Research, Vol. 60, No.1, Spring 1993.
John Searle. Consciousness. Ann. Rev. Neurosci. (2000) 23:557-78. DOI: 10.1146/annurev.neuro.23.1.557
Mas, surpreendentemente, 'Alison' faz uso da seguinte chamada para o post:
Esta chamada, não minha opinião contradiz o texto, embora próprio texto tenha sido concluído com a mesma sentença... Ou seja, a parte final do parágrafo final do texto é reproduzida como chamada para o texto no Facebook... E fica evidente a contradição entre todo o desenvolvimento da crônica e a sua conclusão 'mezzo calabreza, mezzo catupiry" - que é portanto reproduzida em destaque na chamada para o texto... A julgar pela chamada - ou conclusão - eu não teria perdido o meu tempo sequer lendo o texto, mas fui surpreendido pela qualidade do texto... Parece então, que o texto está composto de excertos, e somente a conclusão é do 'Alison', rsrsrsrs... Estou brincando, mas a discrepância é tão grande que parecem diferente escritores... E tratarei de explicar esta observação:
Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo.
Esta chamada, não minha opinião contradiz o texto, embora próprio texto tenha sido concluído com a mesma sentença... Ou seja, a parte final do parágrafo final do texto é reproduzida como chamada para o texto no Facebook... E fica evidente a contradição entre todo o desenvolvimento da crônica e a sua conclusão 'mezzo calabreza, mezzo catupiry" - que é portanto reproduzida em destaque na chamada para o texto... A julgar pela chamada - ou conclusão - eu não teria perdido o meu tempo sequer lendo o texto, mas fui surpreendido pela qualidade do texto... Parece então, que o texto está composto de excertos, e somente a conclusão é do 'Alison', rsrsrsrs... Estou brincando, mas a discrepância é tão grande que parecem diferente escritores... E tratarei de explicar esta observação:
Antes preciso dizer que o texto é primoroso, quase até o fim, rsrsrs... Foi como um coito interrompido, uma sensação de 'ahhhh', justamente quando esperava por um 'grand finale', que o 'Alison' ficou devendo - com todo o respeito... Mas vamos direto ao texto... Primeiramente 'Alexander' não é propriamente 'brilhante', não é 'neurocientista', sendo basicamente um 'cirurgião'; assim como Francis Collins que foi um operário no projeto Genoma, registrando e catalogando, enquanto outro 'Francis', desta vez o 'Crick', juntamente com James Watson, foram as mentes científicas por trás do Genoma...
Em segundo lugar, Alexander sempre foi crente, e o seu livro absurdamente apologético é, 'per si', prova cabal da falsidade do seu relato... Por quê? O nível de detalhes, absolutamente de acordo com a fantasia religiosa e vigente sobre o paraíso - viajando "nas asas de uma borboleta", com uma linda paisagem terrestre, bem e mal, inferno e paraíso - não deixa dúvidas de que Alexander viajou na maionese neural, em um colapso decorrente do coma-induzido por ocasião de meningite... Ainda em relação a este ponto, Alexander demonstra sua intenção apologética, ao designar sua experiência como uma PROVA, o que joga contra, e não à favor, de sua própria tese...
Lembremos que a Terra é um planeta raro, e o 'Paraíso' deve ser um paraíso universal, ou não??? Mais uma 'visão' ou alucinação, antropomórfica do paraíso, porque está sendo descrito um paraíso onde somente o homem viveria... Isso porque descrever a paisagem terrestre implica em uma atmosfera rica em oxigênio, o que exterminaria outras forma de vida desprovidas de mitocôndrias, o que já ocorreu em nosso passado não muito recente... Ou seja, não basta 'projetar' a Terra, criada para a criatura master, e apesar de localizada na periferia de uma entre muitas galáxias, e perdida entre oito plantes, nem a primeira nem a última, de um sistema estelar típico; temos também que consagrar um 'personal paradise', um paraíso para o homem, e onde a estrutura conjura a mesma estrutura da vida na Terra; com exceção de voar sobre uma borboleta... Mas não temos peso, não é verdade??? Espíritos e almas de outro mundo não pesam... Mas precisam de 'borboletas' para voar???
Como seria??? Somente o resto do paraíso tem massa, vazão de água, perda de carga, caminho preferencial, gravidade... O 'Paraíso' de Eben parece a REALIDADE, e isso pode ser muito conveniente, se não fosse completamente IRREAL... A borboleta, os rios que correm, as árvores, tudo conspira em favor da existência de uma estrutura 'paradisíaca' acomodada dentro da Física, da Termodinâmica, da Química, e da Biologia, menos o 'espírito' de Eben...
Como seria??? Somente o resto do paraíso tem massa, vazão de água, perda de carga, caminho preferencial, gravidade... O 'Paraíso' de Eben parece a REALIDADE, e isso pode ser muito conveniente, se não fosse completamente IRREAL... A borboleta, os rios que correm, as árvores, tudo conspira em favor da existência de uma estrutura 'paradisíaca' acomodada dentro da Física, da Termodinâmica, da Química, e da Biologia, menos o 'espírito' de Eben...
Tudo isso é obviamente e inescapavelmente piegas, elevado ao extremo do absurdo... O que nos leva a conjecturar, e de forma bastante plausível, que o coma induzido de Eben afetou de sobremaneira os seus lobos temporais, parietais, córtex cingulado e pré-frontal, e alguma zona específica, especializada em contar mentiras descabidas sem sequer corar...
Mas o bom texto de 'Alison' explica que:
"Dado que Susan Blackmore respondeu satisfatoriamente as questões relacionadas aos sentidos, não pretendo me estender em explicações de como as alterações de estado mental podem comprometer o juízo. Sem dúvida, quase morrer é uma experiência impactante na vida de um indivíduo. Após uma tal experiência, alguns indivíduos abrem mão completamente de usar o juízo correto e passam a privilegiar experiências percebidas sem nenhuma ponderação. Racionalizar deixa de ser mandatório e apenas o mundo sensível passa a ser compreensível. Não penso que este seja o tipo de assunto que você deva jogar cara ou corôa para decidir se acredita ou não. Seria um processo de alimentar ilusões, de retroceder ao raciocínio primitivo. Tira-me do sério ouvir cientistas argumentando em favor desta visão."
E o 'Alison' é taxativo em seu 'texto': "Tira-me do sério ouvir cientistas argumentando em favor desta visão"... E a mim também, salientando apenas que 'Alexander' não é 'cientista', embora viva cercado de Ciência... Pessoas como ele e Collins, defendem com argumentos aparentemente racionais - o que não é o caso desta pataquada - e discursos articulados de forma aparente lógica, crenças às quais aderiram de forma TORPE, e muitas vezes doentia... Uma imbecilidade defendida com um discurso tentativamente 'lógico' ainda assim será uma imbecilidade...
Este nível de oportunismo e irresponsabilidade, tem profundo impacto em atrasar os avanços da humanidade em direção à lucidez coletiva... Embora, por outro lado, Alexander também seja uma vítima de si mesmo, e de sua vulnerabilidade em conformar falsos positivos... Inventamos a ciência para testar a nossa lucidez...
E o bom texto de 'Alison' segue:
"Os sentidos são a única forma que animais destituídos de razão encontram para apreender o mundo. Nós, no entanto, podemos racionalizar o mundo. Desenvolvemos o raciocínio matemático e a lógica para isso. Embora não sejam definitivamente perfeições do juízo, são uma forma de apreender o mundo que, aliada à experiência, tem se mostrado eficaz. Quando renunciamos ao uso dessas ferramentas caímos no mundo puramente sensível e acreditamos no que nos impressiona e não no que parece ser correto. Assim nascem alguns mitos."
Lembrando apenas que - e este é um divisor de águas aqui - junto com a racionalidade o cérebro humano também veio dotado com a capacidade de ABSTRAÇÃO, sendo esta uma característica que induziu e continua induzindo 'falsos positivos'; i.e., anotar uma relação causal onde não existe absolutamente nenhuma correlação, e onde não existe - na realidade - absolutamente nada...
E o texto segue muito bem, e contra Eben, e contra o abandono da 'racionalidade', sob qualquer pretexto:
"Longe de ser um pequeno deslize de raciocínio, isso é uma falha dos processos mentais e jamais deveríamos nos orgulhar dela tal como o faz Eben. Por mais perturbadora que uma experiência possa nos parecer, não devemos abdicar de usar sempre o juízo crítico. Após uma experiência de quase morte, seu raciocínio é posto à prova. Se você deseja desesperadamente acreditar que algumas fantasia são reais, provavelmente irá fazer como Eben e ignorar o juízo crítico. Irá acreditar no que experimentou porque foi pessoal e intenso, não porque passou pelo filtro da razão. Enquanto não passamos por essas experiências sabemos que renunciar à razão é a mais pura expressão da insanidade."
'Alison' deixa uma mensagem clara "Enquanto não passamos por essas experiências sabemos que renunciar à razão é a mais pura expressão da insanidade."... E mais ainda, abandonar a razão pode ser perigoso, mesmo quando passamos por experiências místicas... A ciência testa a lucidez de tais relatos, confrontando-os com evidências e a necessária repetibilidade... Por exemplo, sabemos que podemos induzir experiências como a de Alexander em um laboratório neurocientífico... E sabemos, e temos catalogado inúmeras síndromes que produzem alucinações, e podemos repetir tais fenômenos de forma controlada, e ainda monitorá-los pelo imageamento do cérebro... Isso nos permite saber, sem margem para dúvida, que estamos 'alucinando' tais fenômenos...
Sabemos que ao longo da história, tal mitologia sempre esteve associada à terríveis desvios de confirmação e falsos positivos, demonstrando a conexão inseparável entre crenças e equívocos de percepção... Crentes, quando são submetidos à excitação eletromagnética de seus lobos temporais, tratam de alucinar encontros com deuses, em passeios pelo paraíso... Enquanto céticos, submetido à mesma experiência, 'alucinarão' a transcendência de seus corpos e a integração com a natureza, no nível molecular e atômico, sem deuses nem demônios, sem infernos e nem paraísos... E experimentos controlados, em laboratório, com o uso de determinadas drogas psicotrópicas, logram o mesmo efeito 'pseudo-místico'... Já, a excitação dos lobos parietais levará às viagens fora do corpo, e sendo este um experimento realizado mais de 16.000 vezes, somente pela Força Aérea Americana...
E o texto de 'Alison' prossegue:
E o texto de 'Alison' prossegue:
"Razão posta à prova? provação não é um discurso religioso? A diferença é sutil, mas torna as duas provações diametralmente opostas. Quando se fala em provação de fé, faz-se referência a uma situação que o faz duvidar de sua crença. É uma provação dado que, pelos ditames religiosos, você deve resistir ao tentador desejo de questionar e manter-se firme em sua crença. Isto define bem a fé. Não desejo oferecer nenhum discurso conciliador entre religião e ciência, pois estes assuntos devem permanecer separados. Contudo, desejo usar uma expressão que foi usada pelo Biólogo Rafael Soares:
Se sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada.”
E entra mais fundo na importância de manter a razão e a lucidez:
"Por outro lado, quando falamos de uma provação para a razão não estamos falando de algo que a desafia, mas de algo que é contra as regras de seu uso. Questões que desafiam a razão são frequentemente temas de discussão para a filosofia dado que tornam-se estéreis no campo científico. Uma vez resolvidas na filosofia, passam a ser substrato para a ciência. Devemos conceder o benefício da dúvida sempre que possível, mas há casos em que simplesmente não se pode fazê-lo. Eben passou por uma experiência de quase morte e escreveu um livro intitulado “Prova do Céu.” É, no mínimo, uma irresponsabilidade o emprego do termo “prova”! É uma postura indefensável sobre o ponto de vista lógico. Se ignorarmos a lógica, tudo passa a ser possível."...
Sim, tudo em Eben parece ser muito irresponsável e revelador, ou tristemente doentio... Eben parece precisar de cuidados neurológicos, os seus lobos temporais estão em cheque...
E tem mais:
E tem mais:
"Diferentemente dos discursos que reivindicam ter encontrado a prova para existência do paraíso, vida pós-morte, existência de anjos, etc., os processos mentais envolvidos nas experiências de quase morte são um assunto legítimo. Estudar as alterações de consciência experienciadas pelo indivíduo é algo relevante. De fato, a consciência é alvo de debates até o momento insolúveis. O problema da separação entre corpo e consciência é um dos mais antigos no campo da filosofia. É difícil explicar a consciência em termos de um produto do cérebro, pois se comporta como uma propriedade emergente. A consciência é algo característico de sistemas complexos, i.e., que não pode ser explicado de maneira linear (com correlações)."...
E devo concordar cabalmente, embora discordando diametralmente do desfecho, afinal, a consciência que 'emerge' pode ser explicada racionalmente, e demonstrada com correlações 'sim', e o problema aqui é outro... Na verdade, o desejo de crer na 'vida após a vida', e o medo da morte, 'força a barra' articulando a concepção de um veículo ou conexão entre a vida e o 'pós vida' - sem vida... Essa forçação de barra levou muitos ao mero 'constructo', ou exercícios intelectuais sofismáticos, apropriando correlações equivocadas, e promovendo verdadeiras sessões de 'truques mentais', para provar teses facilmente refutáveis... Ou seja, não existe nada de errado em explicar racionalmente, ou por meio de analogias e correlações, como a mente - o cérebro - funciona, e como a sensação de consciência emerge... Na realidade o tema está 'sim' desgastado pela teimosia sofismática, que insiste em sofisticar uma velha besteira, a existência de uma 'alma' - cujo etimologia remete à mente, ou vice-versa -, que existe independentemente do 'corpo', ou do cérebro, e que sobreviverá à morte, ou ao fim da vida, ao fim do corpo, ao fim do processamento cerebral...
E o desfecho é realmente muito bom, ATÉ CERTO PONTO, e seria suficiente dizer:
"Finalmente, em oposição a algumas expectativas, a experiência de quase morte não é um motor de conversão. O filósofo Daniel Dennett passou pela experiência e relatou não haver tantos mistérios na experiência pessoal. Isso mostra que minha asserção a respeito de nosso desejo de acreditar em certas coisas pode ser intensificado pela experiência. Por outro lado, se usamos a razão de modo honesto, não há experiência pessoal que possa comprometer o bom juízo."
Não deveria haver... E isso basta, e isso é tudo a dizer... Mas a conclusão segue:
"Devemos sempre lembrar que o mundo é sensível e inteligível. Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."
O que coincide com o enunciado para o post... E assim, diante de um belo texto, de um belo trabalho, precisarei objetar extamente na conclusão... E por quê???
"Finalmente, em oposição a algumas expectativas, a experiência de quase morte não é um motor de conversão. O filósofo Daniel Dennett passou pela experiência e relatou não haver tantos mistérios na experiência pessoal. Isso mostra que minha asserção a respeito de nosso desejo de acreditar em certas coisas pode ser intensificado pela experiência. Por outro lado, se usamos a razão de modo honesto, não há experiência pessoal que possa comprometer o bom juízo."
Não deveria haver... E isso basta, e isso é tudo a dizer... Mas a conclusão segue:
"Devemos sempre lembrar que o mundo é sensível e inteligível. Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."
O que coincide com o enunciado para o post... E assim, diante de um belo texto, de um belo trabalho, precisarei objetar extamente na conclusão... E por quê???
Analisado o texto, e posto tudo isso, pergunto: 'Qual é a relação entre o texto citado e a chamada: "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."???' "Absolutizarmos"??? Isso é uma falácia retórica, conhecida como "pré-suposição", o que induz ao conhecido Efeito Forer, pela eloquência... Não existe nenhum 'absolutismo' da análise de que 'não podemos confiar em algo que não condiga com o mundo observado, nem com a experiência lúcida ou racional, e que não possa ser repetido'... Principalmente se SABEMOS, e com riqueza de detalhes, pela Neurociência - apenas nas últimas décadas -, que o nosso cérebro está longe de ser 'perfeito', possui 'bugs', tendência à vício de confirmação, adesão à eventos simplistas e causais, e a conformação de falsos positivos...
Somos altamente sugestionáveis, em cerca de 20% da distribuição genética humana, 60% apenas sugestionável, dependendo das circunstâncias, técnicas e do promotor ou hipnotizador... E somente 20% gozam de plena lucidez, e adotam a atitude cética in natura... Estamos, por todo o exposto, ALTAMENTE sujeitos à desvios de percepção, ilusões, delírios e alucinações... E se um fenômeno ao mesmo tempo atenta contra os critérios de LUCIDEZ, e se confunde com fenômenos ilusórios e alucinatórios TÍPICOS, e tipificados pela ciência do cérebro e do comportamento humano, devemos sim objetar, em favor da razão, e sempre... E tal conduta não denota nada mais do que RESPONSABILIDADE, INTEGRIDADE INTELECTUAL, HONESTIDADE E CORAGEM...
Somos altamente sugestionáveis, em cerca de 20% da distribuição genética humana, 60% apenas sugestionável, dependendo das circunstâncias, técnicas e do promotor ou hipnotizador... E somente 20% gozam de plena lucidez, e adotam a atitude cética in natura... Estamos, por todo o exposto, ALTAMENTE sujeitos à desvios de percepção, ilusões, delírios e alucinações... E se um fenômeno ao mesmo tempo atenta contra os critérios de LUCIDEZ, e se confunde com fenômenos ilusórios e alucinatórios TÍPICOS, e tipificados pela ciência do cérebro e do comportamento humano, devemos sim objetar, em favor da razão, e sempre... E tal conduta não denota nada mais do que RESPONSABILIDADE, INTEGRIDADE INTELECTUAL, HONESTIDADE E CORAGEM...
E sigo, refutando o enunciado: "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."... Por quê??? Baseado em quê??? Um texto muito bem constituído e desenvolvido em sua argumentação, simplesmente refuta a sua própria conclusão... E outra falácia retórica é tentada, quando o advérbio "apenas", é sutilmente colocado, e induzindo a conclusão... Afinal "absolutizamos" o uso da 'lógica', e sendo assim "apenas" perceberemos o mundo INTELIGÍVEL... Mas o que existe para ser entendido e que não seja INTELIGÍVEL???
Estamos aqui diante de um preâmbulo clássico e ultrapassado, para a 'metafísica', para o preenchimento das lacunas com o sobrenatural... O problema, só para começar, é que não existem lacunas... As únicas lacunas existentes, estão visíveis no parco conhecimento de quem 'enuncia' a questão... E o digo com todo o respeito...
E sigo um pouco mais, "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."... Afinal gostaria de saber 'o que pretendemos com um mundo que não seja SENSÍVEL à nossa cognição'??? E outra questão típica é tentada, a sugestão de que existe outro órgão ou centro de percepção em nosso corpo, que não passe pelo cérebro, i.e., pelo intelecto...
Também vale lembrar que o processo criativo e investigativo, e mesmo intuitivo, parte sempre de uma mundo SENSÍVEL à nossa cognição, direta ou indiretamente...
Estamos aqui diante de um preâmbulo clássico e ultrapassado, para a 'metafísica', para o preenchimento das lacunas com o sobrenatural... O problema, só para começar, é que não existem lacunas... As únicas lacunas existentes, estão visíveis no parco conhecimento de quem 'enuncia' a questão... E o digo com todo o respeito...
E sigo um pouco mais, "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."... Afinal gostaria de saber 'o que pretendemos com um mundo que não seja SENSÍVEL à nossa cognição'??? E outra questão típica é tentada, a sugestão de que existe outro órgão ou centro de percepção em nosso corpo, que não passe pelo cérebro, i.e., pelo intelecto...
Também vale lembrar que o processo criativo e investigativo, e mesmo intuitivo, parte sempre de uma mundo SENSÍVEL à nossa cognição, direta ou indiretamente...
E mais, sobre "Se absolutizarmos a lógica apenas perceberemos o mundo inteligível, se renunciarmos a ela conheceremos somente o mundo sensível. Ambas as opções implicam em mau uso do juízo.", por que "Ambas as opções implicam em mau uso do juízo."??? Por que insistir no escrutínio da lucidez é um "mau uso do juízo"??? Só antevejo uma resposta, a corriqueira falácia de que 'racionalidade e sensibilidade são mutuamente exclusivas', o que denota outra vez o pleno desconhecimento do complexo cerebral... A criatividade ou a sensibilidade, não implica no bloqueio da razão, à menos que a 'metafísica' ou a 'adesão ao sobrenatural' esteja sendo confundida com a criatividade e a percepção sensível da REALIDADE... Ledo engano, que o texto de certa forma esclarece...
Devo insistir uma vez mais, perguntando 'os nomes que serão citaram logo abaixo falharam em termos de sensibilidade ou racionalidade?'
Vargas Llosa,
Gabriel Garcia Marques,
Drummond,
Neruda,
Gilmour,
Waters,
Lennon,
McCartney,
Cora Coralina,
Quintana,
Pessoa,
Borges,
Chaplin,
Einstein,
Russell,
Nietzsche,
Bacon,
Espinosa,
Machado de Assis,
Lucrécio,
etc...
Basta um exame superficial de suas obras, para constatar que nenhum destes personagens precisaram abdicar da sensibilidade para pensar, e nem precisaram abdicar do racionalismo para aguçar sua sensibilidade... Sensibilidade e racionalismo são funcionalidades normalmente associadas, e isso não não pode ser constatado por um observador pouco instruído ou dotado de limites de percepção... Além disso o mito da dualidade razão e sensibilidade, pensamento e percepção, pode ser entendido como uma mera extensão do mito da dualidade corpo e alma, corpo e mente... 'Apenas' mais um sofisticação do mito, útil àqueles que pretendiam promover a qualidade de seu discurso ou obra, pelo abandono da razão... Um lapso de bom senso seria suficiente para desmoronar com todo o castelo de fumaça...
Devo insistir uma vez mais, perguntando 'os nomes que serão citaram logo abaixo falharam em termos de sensibilidade ou racionalidade?'
Vargas Llosa,
Gabriel Garcia Marques,
Drummond,
Neruda,
Gilmour,
Waters,
Lennon,
McCartney,
Cora Coralina,
Quintana,
Pessoa,
Borges,
Chaplin,
Einstein,
Russell,
Nietzsche,
Bacon,
Espinosa,
Machado de Assis,
Lucrécio,
etc...
Basta um exame superficial de suas obras, para constatar que nenhum destes personagens precisaram abdicar da sensibilidade para pensar, e nem precisaram abdicar do racionalismo para aguçar sua sensibilidade... Sensibilidade e racionalismo são funcionalidades normalmente associadas, e isso não não pode ser constatado por um observador pouco instruído ou dotado de limites de percepção... Além disso o mito da dualidade razão e sensibilidade, pensamento e percepção, pode ser entendido como uma mera extensão do mito da dualidade corpo e alma, corpo e mente... 'Apenas' mais um sofisticação do mito, útil àqueles que pretendiam promover a qualidade de seu discurso ou obra, pelo abandono da razão... Um lapso de bom senso seria suficiente para desmoronar com todo o castelo de fumaça...
Não existe droga mais forte do que a REALIDADE, e por isso não entendo porque muitos fogem para drogas menores como a cocaína, religião, e crenças no sobrenatural... Dizer que "Ambas as opções implicam em mau uso do juízo." pressupõe valor na crença no sobrenatural, e limites para a razão, o que me parece um desserviço à humanidade, além de falacioso e inverossímil... Ético logo Cético...
Carlos Sherman
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