O nosso afeto - por exemplo -, o afeto de uma mãe por um filho, e entre dois amantes, em um casal, ou entre amigos... os laços afetivos começam sendo regidos pela Genética, e pela subsequente conformação neurofisiológica, neuroanatômica, em função da quantidade e localização dos neuroreceptores para a Oxitocina e Vasopressina; assim como, em decorrência dos respectivos fatores bioquímicos - e que também tem origem na Genética -, no equilíbrio ou na produção de tais hormônios (proteínas); além da Dopamina, Serotonina, e outros hormônios intercorrentes... E isso é só o começo... Aí entra a cultura e a cadeia de eventos particular de nossas vidas; o lado comportamental, a memória, o aprendizado; e finalmente, 'somos quem somos sem intencionar sê-lo... mas somos, e responderemos legalmente por nossos atos'...
Isso esvazia a culpa medieval da falácia do livre-arbítrio, e lança um olhar realmente humano, solidário e realista, sobre a natureza de nosso comportamento... E se soubermos onde - realmente - estamos, será muito mais fácil decidir pra onde ir... Parafraseando - por exemplo - Mark Twain, e muitos outros, e bons, que também trataram desta questão,
'O maior problema não está na ignorância, ou no fato de algumas pessoas saberem pouco, ou nada... O problema, é acreditarem que sabem muito, e com soberba arrogância; quando na realidade estão fragorosamente enganados... Afinal, podemos ser ignorantes, e podemos nos equivocar, mas ainda podemos dispor de LUCIDEZ, e sendo assim, poderemos aprender... Caso contrário, estancaremos pelo caminho'...
Carlos Sherman
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