Sobre "ter alguma fé é bom, afinal, que mal faz?", comento que pode parecer uma expressão inofensiva, mas não é... Hoje o 'ato de fé' já não leva pessoas à fogueira, ao apedrejamento, ou à morte, com tanta frequência... Mas as aparências enganam... O mundo judaico-cristão anda mais soft, e os islâmicos ainda matam muito pela fé e pelo dogma... De qualquer maneira, a guerra comandada por Busch - embora possamos até legitimá-la por outros motivos - tinha uma perfil de Cruzada... Finalmente, Israel insiste em ocupar uma triste e desértica região do globo, causando muita encrenca e morte, porque considera 'pela fé', tratar-se de sua terra prometida... Finalmente, as pessoas deixam de buscar as verdadeiras causas e soluções para os seus desafios, encobrindo o mundo real com o véu do devaneio sobrenatural... Por isso, amargamos desde o Paleolítico Superior, passando pelos tempos bíblicos e até o fim da Idade Média, em quarenta mil anos de ignorância, as mesmas expectativas de vida média e a mesma e elevada taxa de mortalidade infantil... Tais sentenças de morte prematura, desde o homem de cro-magnon, só foram revertidas pelo pensamento 'sem fé', baseado em evidências... De forma que a expressão supostamente indolor, a aposta de Pascal, na verdade paga um incomensurável preço... E como costumo dizer: 'a verdade não tem adjetivos, insiste, persiste, resiste e penetra, sempre'... Mas não sem antes derramar muito sangue, suor e lágrimas...
Carlos Sherman
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