Um amigo publicou:
Por que somos tão presunçosos a ponto de achar que um ser infinito precisa do nosso louvor?
Mas foi questionado:
Não é esse "ser infinito" que precisa, Marcelo, somos nós.
Resolvi entrar na chuva:
Roque, precisamos de 'seres infinitos' porque não estudamos o suficiente, e em função de algumas características neurofisiológicas, assim como certos distúrbios... Onde alguns vêem mistérios - e explicam com grotescos seres infinitos, infinitos em rancor, ira e morte, e apesar de tudo descrevem pela incrível alcunha de AMOR - outros vêem apenas complexidade... Prefiro esperar para SABER... Trata-se da minha natureza instigada pela minha formação... Outros precisam CRER, já... Trata-se de natureza deles, e da falta de instrução específica... Sempre foi, e sempre será... Mas vamos melhorando... A bíblia - por exemplo - base para um 'ser infinitamente assassino' - 2,5 milhões de mortos por falta de LOUVOR, sem contar o 'humanicídio' da 'arquinha dos bichinhos', donde suprimimos hoje a parte dos corpos boiando, e a seguinte chacina, o Apocalipse -, mal humorado, caprichoso, intolerante, alega que doenças - todas - são possessões demoníacas, e chama a leprosos de imundos - desconhecendo o bacilo causador desta terrível doença -, e deficientes físicos de pária... Vamos evoluindo em conhecimento, e desafiando a mensagem desde ser infinito, e questionando seus planos... Por exemplo, desde o Paleolítico Superior, com o homem de cro-magnon, passando pelos tempos bíblicos, até o fim da idade média, não pudemos superar a marca de 40 anos para a expectativa média de vida - estando Cristo um pouco abaixo desta média -, mas ocm o acender das luzes iluministas, e depois as ultra-luzes da ciência - descrente -, hoje vivemos o dobro, e morremos menos ao nascer, sendo a mortalidade infantil dez vezes menor em nossos dias... vale notar ainda, que estes número podem ser melhores conforme a descrença em seres infinitos, e podem ser bem piores conforme a respectiva CRENÇA em seres infinitos... O mapa da pobreza, da fome, das desigualdade, das elevadas taxas de mortalidade infantil, da baixa expectativa de vida, se sobrepõe à baixa instrução, e também à crença em seres infinitos... Este é o problema, e nunca foi a solução...
As bactérias, vírus, germes, aí estão desde o 'início', desde a 'criação', certo?... Ou não? Ou evoluíram? Sendo assim, as enfermidades estão conosco desde a 'criação', mas o conhecimento médico - descrente - é novo... E aí? Ficamos com a devoção ao ser infinito, e suas infinitas palavras sobre possessão demoníaca, ou vamos ao médico?
Os deuses - seres infinitos - são forjados pela 'crença na crença', assim como ETs, astrologia, 'paulocoelhismo', freudismo, marxianismo, e outras superstições... O seu sucesso remonta à nossa tendência em aderir aos fenômenos ditos causais - causa e efeito simples, de primeira ordem -, assim como pela nossa tendência a assumir falsos positivos - vide aposta de Pascal -, em função de nossa evolução neurofisiológica... Além da ignorância e da falta de instrução... A crença religiosa remonta ao velho esquema de 'incutir o medo para vender a salvação'...
ÉTICO, LOGO CÉTICO...
Carlos Sherman
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