Um amigo comentou sobre um post que eu havia publicado "Teologia do Social":
[http://ethosproject.blogspot.com.br/2012/05/teologia-do-social.html?showComment=1349481584927#comment-c4028391061611546783]
Sheman, concordo com você em quase todo o seu texto, exceto no ponto em que diz que não existe Psicologia científica, tenho que discordar de você e sugerir a leitura e a interação com os avanços na Análise Experimental e Aplicada do Comportamento, que está em perfeita consonância com os Avanços da Neurociência e Genética Comportamental.
Prezado Marcos, aceito a crítica, e você tem toda a razão... Na verdade mirei na 'Psicanálise' - marca registrada freudiana - e na Psicologia Analítica - junguiana -, e em outros velhos e superados derivativos; e terminei acertando injustamente em toda a Psicologia... Na verdade o eu que disse foi: "A Psicologia vive o mesmo desafio [que a Sociologia]... Ainda não encontrou o seu caminho científico - senão pela Neurociência, que nada tem a ver com a Psicologia... As verdadeiras ciências encontraram paradigmas - consenso teórico e experimental - de forma que caminham de maneira cumulativa - mesmo dispondo de severos métodos de correção...". Ainda assim, com o perdão da palavra, considero que a Psicologia enfrenta uma severa quebra de paradigma, sendo que uma 'Nova Psicologia' deve emergir da Neurociência e não apenas se 'aproximar da Neurociência'... Considero a ruptura tão grande, e o passado da Psicologia tão obscuro, que preferiria alavancar uma nova disciplina a partir da Neurociência, do que tentar uma emenda a esta altura do campeonato... A Química não é uma evolução da Alquimia... A Alquimia acabou com o estabelecimento da Química... A Astrologia não evoluiu para a Astronomia... Não existe um caminho evolutivo fácil entre a Psicologia - em geral - e a Neurociência... Enquanto a Psicologia esteve impregnada por atitudes 'pseudo-científicas', estamos tratando aqui do estabelecimento de uma nova Ciência... Então porque adotar antigos rótulos? E antes que alguns se interessem por diferenciar o estudo dos elementos químicos do estudo do cérebro, sugiro a releitura de tudo o que foi argumentado acima... Estamos diante de uma nova realidade, dependente da Genética e da Neurociência, e que despreza de maneira acachapante grande parte de tudo o que se convencionou chamar de Psicologia... Então porque insistimos em Psicologia? Porque não falamos apenas em Neurociência? Ou porque não evoluímos para uma 'Neurociência Terapêutica'? Entendo os interesses de classe e corporativos, e as crenças em torno do que se convencionou chamar de Psicologia... Mas a ruptura é brutal... "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia"... A Psicologia passou... A Neurociência é o novo paradigma... "A doutrina do Neurônio" e suas consequências, a Etologia, a Genética... Sinto que permanecer e adaptar a Psicologia soa como falácia nomotética, ou dar ou novo nome para a mesma coisa... Como podemos evoluir a Psicologia para a Neurociência tendo no currículo da Psicologia - e em destaque - temas como a Psicanálise, a Psicologia Analítica, e grande parte do Behaviorismo... A despeito dos novos nomes, para as novas vertentes experimentais, estamos falando em Neurociência, ou não???
Um forte abraço...
Carlos Sherman
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