Uma amiga publicou:
Oi insônia velha de guerra.
Estou aqui diante de seu altar lotado de livros, com uma pequena angústia no peito. Sensação que quase nunca me abandona, apenas tira férias de vez em quando. Uma inquilina que aprendi a conviver.
Foda é quando ela abre o ralo que fica no centro do meu peito e começa a puxar tudo que está em volta pra dentro. Meu coração acelera por qualquer barulho. O mundo perde um pouco o colorido, perde o sentido, mas sei que logo eles retornarão. Me guio por minha fé.
O futuro é um Deus que se alimenta dessa esperança por dias melhores, e esse Deus só pode agir através dos passos meus.
Então faço minha oração. Oração que não aprendi na igreja e nem com qualquer religião. Oração da consciência de que sou homem e carrego comigo as responsabilidades que tenho nesse mundo, e elas não são poucas, pois desfruto de muitos privilégios.
Comentei:
Genial, 'pero' chamar - mesmo que metaforicamente - vosso ato racional de 'fé' e o 'privilégio' de vossa consciência de 'oração', evoca a hesitação que permeia outros atos, de outros homens, naquilo que se convencionou chamar de falácia 'nomotética'... Mas entendi e adorei... Mensagem consistente, embalada por inescrutável poesia... Genial...
E replicou:
sempre haverá pero, Carlos Leger Sherman Palmer... é ontológico isso...
Trepliquei:
Mas o 'ontológico' também constitui é falácia, rsrsrsrsoso... O conhecimento do ser é o conhecimento do corpo, da fisiologia, e do subsequente comportamento... Nada é ontológico... Onde uns - ou muitos - vêem mistério, outros - poucos - vêem apenas complexidade...
E estou entre eles...
Carlos Sherman
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.