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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mentes e Jogos



Publiquei:

Também ressalto a apresentação da 'baronesa' Susan Greenfield, Neurocientista, conselheira da Câmara dos Lordes, e detentora de mais de 30 PhDs... Susan falou sobre o impacto da tecnologia, Internet e derivados, na cabeça do jovem de hoje... Com preocupantes conclusões... 'O comportamento de um jovem imerso em videogames tem dificuldade de apartar o real do fantasioso, com efeitos similares à esquizofrenia, e tem dificuldade de socialização e com as relações afetivas, com efeitos similares ao autismo'...

Um grande amigo objetou:

É, se eu tivesse lá, ia questioná-la quanto a isso dos videogames. Existem muitas evidências que apontam o contrário, que os jogos tem muitos efeitos positivos e nenhum, ou quase nenhum, efeito negativo. Até porque, a porcentagem de esquizofrenia e autismo se manteve a mesma ao longo de quase 100 anos (bem antes da internet se popularizar, e a industria dos games se tornar uma das mais rentáveis do mundo). Constatações desse tipo me soam a erros de confusão entre "associação" e "causação".

Trepliquei:

Mencionei 'efeitos similares ao autismo'... Não sugeri - nem em sonho - que o autismo advenha de jogos... Leia novamente o que escrevi... Efeitos similares, nada sobre CAUSA e EFEITO, nem associação, nem nada... Foi quase uma metáfora... E o tal efeito similar 'principal', e a dificuldade em estabelecer empatia...

Sobre JOGOS, as minhas fontes atestam o contrário... E os fatos atestam o contrário... Os videogames incrementam o QI - ponto final... Assim como 'sudoku'... Passe a vida jogando videogames e não será capaz se exercer a EMPATIA, e muito menos um conjunto saudável de relações inter-pessoais...

Se pode matar, um dois, dez, mil sem problemas, significa que está deixando de avaliar o efeito sobre a 'vida' de quem você 'matou'... As áreas do cérebro ativadas denotam que você trata personagens como pessoas, o mapeamento ou a decodificação é o mesmo... As relações humanas são banalizadas e deturpadas....

Vou consultar o material enviado por você, e estarei passando o material de que disponho... Além é claro, da posição respeitável de Susan Greenfield... Eu VEJO o efeito do VÍCIO em JOGOS... É disso que estamos falando, de de alguém que 'vive' jogando videogames... Se não bastassem os fartos argumentos em contrário ao exposto acima, lembre-se de que SOMOS UM CORPO, e lembre-se do que pode ocorrer ao nosso corpo se ele não for exercitado, e se a variância de ambientes e exposições não for exercitada... É claro que podemos relativizar tudo... Afinal o que é ser saudável??? Mas acho que as boas práticas não recomendam seguir por este sendero... 

Susan apresentou dados e estudos, a maioria deles convertidos em doutoramento... Esqueci de mencionar que ela é membro honorável da Royal Society of London... E estou certo de que você apreciaria a argumentação...

Brother, acho que está faltando pautar este debate... Estou falando do vício em jogos, e não sobre tecnologia em nossas vidas... E somente pela existência da palavra vício, o que denota em alguns casos passar mais de 2/3 do tempo desperto em uma única atividade sem finalidade específica, além de um fim em si mesma, 365 dias ao ano...



Qualquer vício ou obsessão neste nível não é saudável, sob nenhum pretexto... Somos seres sociáveis....

Um forte abraço....


Carlos Sherman



PS:

Sergio, acho que por não me conhecer, pode não ter notado que estou livre dos modismos... Plenamente... Mas não confie tanto em sua avaliação... Não conheço o caso do seu filho diretamente, mas me preocupo com a sua descrição, e com os seus parâmetros, mas considero deselegante seguir discutindo o seu caso particular aqui... E não sei quantas horas diárias, desde os 04 anos, o seu filho 'viveu' no videogame... Precisaria de mais detalhes para avaliar este caso em particular... O que as pesquisas científicas apontam é um quadro diferente... Estou reunindo em publicando os respectivos linkks, para que possa eventualmente confrontar a sua certeza... Evidentemente, e se acompanha partes das minhas publicações, conheço com profundidade os efeitos da Genética sobre o comportamento, assim como estou par e par com os avanços neurocientíficos... Não emito opiniões, trato de contribuir com conhecimento... É óbvio que o tempo investido em videogames subtrai tempo de outras atividades fundamentais, como a atividade física, o aprendizado cultural, e a vida real... Isso não pode ser tão facilmente relativizado como pretendem... Mas os meus comentários estão alinhados com as pesquisas, com o conhecimento disponível.... Em Fronteiras do Pensamento já assisti a Pinker, Shermer, Onfray e Greenfield... Não são ditadores de moda, são estudiosos... Sem tantos precedentes... Acompanho as suas célebres opiniões, mas não confie em poder opinar sobre qualquer assunto impunemente... Há que estudar... Este assunto não é uma questão de opinião... De qualquer forma respeito o seu ponto de vista, mas é só um ponto de vista... Seu relato, repito, é preocupante. e não conheço o seu filho, mas a julgar por seus parâmetros me preocupo por ambos, rsrsrsrs... E digo isso de forma amigável... Neste ponto divergimos, mas não por modismo da minha parte, senão por presunção da sua... Um forte abraço....




Vocês, Thales e Sergio, devem considerar normal que adolescentes estejam sentados lado a lado em uma mesa usando o celular para falar entre si? Ou que passem um encontro jogando videogames nos celular? Trabalho com tecnologia, uso a tecnologia, repudio comentários que tratam de demonizar a tecnologia... Mas estou me referindo ao vício de jogar videogames... Em alguns caso até a morte...

NÃO EXISTE NADA DE ERRADO COM A TECNOLOGIA, E SIM COM A SUA UTILIZAÇÃO - COMO TUDO NA VIDA...


Pessoas, jovens, deixam de COMER... Não existe nada de errado nisso? Thales, Pinker é um árduo defensor da tecnologia, assim como eu, quando tratam de demonizar a tecnologia...  Vivemos um processo contínuo, e a tecnologia responde à anseios naturais.... Mas me refiro a um vício silencioso, passar 5, 10, 20 horas jogando videogames, 365 dias por ano... Servindo de muleta a pais que não pretendem investir tempo em viver seus filhos, e desenvolver atividades familiares... Minhas filhas vivem na tecnologia, mas peço que desliguem o i-Pod quando estamos no carro viajando, conversando, saindo em família... Porque me interesso em viver com elas...

Peço que limitem o tempo na Internet, para que se exercitem, comam, conversem conosco... Isso de forma natural, íntima, familiar.... Então todos curtimos a tecnologia, sem eliminar o contato inter-pessoal...

A conduta mágica e fantasiosa influenciada pelos jogos é atestada por estudos... Pinker refuta o fato de que nos tornamos 'mais violentos' por conta dos jogos, e apresenta como contra-ponto os templos bíblicos... A nossa natureza grita, efetivamente, mas inúmeros casos notórios mostram que os jogos violentos tanto quanto outros exemplos violentos, foram copiados na vida real, com chacinas...

Estou falando única exclusivamente do Vício... Desde o princípio.... Não falo de tecnologia... Não cito a tecnologia, e sim o ato de VIVER jogando videogames, em detrimento de viver REALMENTE...

Thales, nós dois sabemos que a nossa natureza impera, mas não significa que não aprendamos nada... Você está subvertendo o conceito... Explico, porque acha que explodiram o WTC??? Por que os genes continham exatamente todas as instruções??? Claro que não... Genes não sugerem atirar um avião contra prédios... Bom, então os genes contém a mensagem 'morte aos infiéis', e o método foi aprendido? Não, genes não dizem morte aos infiéis... Então qual é o papel dos genes aí? Os genes são responsáveis por um tendência de comportamento muito útil ao 'meme' da 'morte aos infiéis'.... Onde se propaga tal meme? Na Cultura... Evidentemente muitos de nós, pela natureza, não aceitaram com facilidade tal meme, mas porque muitos em terras muçulmanas aceitam? Porque este meme tem força... A Tábula Rasa é uma falácia, mas pensar 'beleza, então o meio não significa nada, podemos fazer o que quiser, foda-se tudo', nossa natureza é magna... Não funciona assim... Você bem sabe disso... caramba, estamos discutindo algo indiscutível... Que o VÍCIO do videogame, assim como outros vícios, é um dano à saúde... Só isso... Deixamos de comer, andar, conversar, transar, cantar, aprender... Mas representa sensível aumento do QI, em seus modelos clássicos, que medem apenas o reconhecimento de pedrões lógico matemáticos... Estudos mostram que o vício do videogame diminui a embatia, a capacidade de reconhecer padrões emocionais.... É isso....

Não é culpa do jogo.... Um jovem com tendências obsessivas acabará por realimentá-la em videogames, assim como poderia ter bebido as instruções na bíblia... Será apenas mais um instrumento de obsessão... O videogame seria análogo à qualquer outro instrumento de obsessão... Só que precisa ser mapeado como tal, e está dentro de casa...

Entendo a visão moralista, você me conhece um pouco... Estamos perdendo tempo, você não leu corretamente o que escrevi... Estou a bilhões de quilômetros de modismos como 'anti-tecnologia', anti-internet, anti-facebook, anti-globalização, anti-USA.... Cara, eu e Susan Greefield, falamos de um vício que está em casa e pode ser evitado... A cocaína vicia... E identificamos a cocaína como tal... Mas não estamos atentos aos videogames... Só isso...

Você tem na cabeça uma preocupação com o ôba-ôba ati-tecnologia, demonizando jogos... Eu não.... Eu só estou me referindo ao vício por videogames, 10, 20 horas diárias... Pinker diz por exemplo que certos cientista, pensadores, ficam obcecados por seus objetos de estudo... Muito bem, e trata-se de obsessão em muitos casos, de obsessão patológica, e até mesmo pode apontar para a esquizofrenia... Mas ao menos existe uma finalidade... O objeto de estudo, apesar de obsessivo, conduzirá a humanidade a algo ponto, e digo isso para os casos que Pinker enaltece, ou seja, grandes pensadores que deixaram um legado, ou cientistas, mas se vamos do nada ao lugar algum, ou seja se a atividade começa e termina em si mesma, o caso merece ainda mais cuidado... É o caso dos videogames... Podemos considerar que 'sim' a criança é obcecada, viciada, mas 'poxa' ela será campeã mundial de mortal combat - nem sei se existe este jogo, rsrsrsrsrs....

I love reality....




Brother, mais uma vez você não entendeu o meu comentário... Peço que as minhas filhas desliguem o i-Pod para viver com elas... Se não tiver uma estória com elas não exploraremos identidades, não trocaremos ideias, conhecimento, etc... Não teremos uma vida... Você não está realmente entendendo o meu ponto de vista... Esta responde a outras pessoas, mas dirigindo a mim... Está com outras coisas na cabeça... Cara sou eu!!! Acorda... Não sou um imbecil que acredita que o meio mude totalmente a personalidade... Nem significativamente... Mas existem importantes impactos, imprintings, aprendizado, etc... E existem os memes... Brother, imagine que você é quem é, sua namorada é quem é, pela genética, e suas personalidades estão definidas, ok? Agora imagine que se conheceram mas cada um tempo seu computador, vocês ganharam na megasena, adoram internet, beleza? E decidiram passar a vida no computador, cada um no seu... Você pode me dizer que a sua personalidade - exibida na net - será a mesma, concordo... Mas que estória vocês terão para contar? Como não trepam não terão filhos, e daí algum problema moral? Não, mas não terão filhos, ponto... Não saberão muito sobre o cheiro um do outro, nem sobre o som da voz... E daí, algum problema moral, não... Mas muitos aspectos cognitivos advirão daí... O fato é que não terão uma estória... Procuro viver uma estória rica de experiência com minha família, só por que curto isso, e acho que elas curtem também... Quando rola um exagerinho trato de dar um toque... Elas também fazem isso comigo, e o resultado é: uma vida em comum... Não seria igual se ficássemos os 04 na internet tentando dialogar em família... E para piorar, o Bono, nosso cãozinho-filhinho, não poderia participar.... Entenda, não estou fazendo juízo moral, nem voltando atrás em meus detalhados estudos da psiquê humana, da Genética, da Etologia, da Neurociência....




O ponto é, "Você considera recomendável que uma criança e conheço casos de crianças com 02 anos de idade - passem 05, 10, e até 15 horas diárias, 07 dias por semana, jogando videogames? Não estou entrando no mérito de violência, ou jogos lúdicos, com cunho esportivo, e até educativos - raríssimos... Você considera isso recomendável? Você considera razoável passar 2/3 - ou mais - do seu dia jogando videogames? O que devemos pensar sobre o nosso corpo, nosso conhecimento e cultura? O que devemos esperar de nossas relações inter-pessoais? Pense, podemos estar fadados por nossa genética a ser quem somos, e falo de nossa personalidade, mas pela falta de contato inter-pessoal não desenvolveremos amizades... Pela simples falta de TEMPO... Somos sociáveis, e buscamos testemunhas para a nossa vida... É por isso que nos casamos, e 'reconhecemos' amigos... São como testemunhas de nossa vida... Um recente estudo demonstrou que simplesmente, pela falta de prática, o isolamento do videogame - em níveis correlatos a outros vícios - nos deixa 'sem jeito para a coisa'... Não sabemos como nos comportar em situações de interação psico-social... Atrapalha o amadurecimento, mais incrementa o QI... Cultura zero, e o metabolismo prejudicado pela falta de massa muscular... Problema posturais... Estou falando da obsessão por videogames, e de como ela passa desapercebida...."...

E o meu amigo respondeu:

"Depende. Essa criança que joga durante todo esse tempo, deixa de fazer as outras coisas que precisa fazer? Ela sofre por "não conseguir parar de jogar"? Se a resposta for "não" para as duas coisas, então, que jogue até - perdoe-me por recorrer à citação de baixo calão de minha falecida bisavó - "o cu bater palma"!

De um debate honesto eu espero mais do que este 'relativismo' barato... Rsrsrs, o que isso cara? Então vejamos, se uma criança não 'sofre' por jogar o dia inteiro então vale a máxima da sua bisavó??? - "Depende. Essa criança que joga durante todo esse tempo, deixa de fazer as outras coisas que precisa fazer? Ela sofre por "não conseguir parar de jogar"? Se a resposta for "não" para as duas coisas, então, que jogue até - perdoe-me por recorrer à citação de baixo calão de minha falecida bisavó - "o cu bater palma"! - Assim não vamos a lugar algum... Acho que existem crianças, adultos, e uma vida prática em comunidade para viver... Se relativizarmos tudo, sociedade, papéis, família, etc, aí o papo é outro... Mas considero este nível de vacuidade uma forma de fuga da realidade...

"Roxanne decidiu fazer maratonas de jogos durante suas ferias escolares... Durante uma dessas maratonas ela ficou dois dias e meio dentro do seu quarto jogando até que adormeceu com as pernas cruzadas... Quando acordou tinha coágulos em todo seu corpo, mas eles eram principalmente na região dos pés. Pela posição em que se manteve por tanto tempo ela acabou por ter trombose (formação de coágulo sanguíneo que obstrui um veia e impede o fluxo de sangue), o que ocasionou em amputação de parte dos dois pés...




Um menino não deve jogar futebol na tela, deve jogar no campo, mover o corpo... Até porque o futebol da tela só existe porque existe o futebol REAL... Jogue o real... Não devo fantasiar lutando contra alienígenas... Crianças que interagem com o mágico sem limites assumem o mágico como real.... O videogame deve ser uma cereja do bolo... Um amigo me disse 'consegui um videogame de golf fantástico'... Pensei que fosse um mega sistema, onde fizéssemos o swing completo com o corpo, e a bola voasse em uma tela... Não, é somente um joguinho besta que você move com a ponta dos dedos... Um invenção e subversão da realidade.... O Golf só existe como expressão semântica GOLF, se for jogado em um campo - lindo, com horizontes - que nos descansa e alivia as pressões... Só existe quando somos capazes de executar um swing perfeito, movendo o corpo, com elevado grau de concentração, e o som metálico na bola... Só existe em companhia de amigos, alternando a elevada concentração, com o momento lúdico de procurar a bolinha... Os sons, o vento, o sol, o swing... Isso é o Golf... Isso é REAL....

Já resgatei pessoas da família de minha esposa, viciadas em videogame... Sei exatamente como é, e insisto, qualquer obsessão, seja ela por Bingo, televisão, videogames, destrói o conjunto de possibilidades de uma vida saudável... O dia continua a ter 24 horas embora você passe 15 horas jogando... Muitos casos graves já foram relatados tendo como base o vício nos jogos, como por exemplo o famoso caso do casal sul-coreano que deixou seu bebê morrer de desnutrição para ficar em cafés brincando num jogo virtual no qual o objetivo era cuidar de um bebê virtual... Além de ser muito irônico e trágico essa situação nos faz pensar o que leva um ser humano a deixar a realidade para viver no mundo virtual dos games...

O videogame não mudou a tendência delas à obsessão... Simplesmente foi outra alternativa... Só que esta alternativa está dentro de casa, e nós acabamos incentivando... O tempo empenhado em joguinhos, em besteiras, subtrai o tempo que poderia ser empenhado em outra atividades... O Facebook é outro exemplo que preciso disciplinar... Estou aqui, agora, debatendo um assunto importante... Mas a comodidade de ficar aqui digitando, dialogando com o mundo e com todo mundo é sedutora... Assim deixo de ler, de trabalhar, de me concentrar no que 'deveria' estar fazendo... Deixo de escrever o meu livro, de conversar com minha família, de brincar com meu cachorro, de jogar golf, de transar... De forma que preciso auto-regular isso... Se em dois ou três post vale a pena estar conectado, em outros 50 tratei de banalidades, briguei, me exaltei, etc... Simplesmente preciso limitar isso, ou usar melhor, usar em favor de minha vida REAL... E sei que estão à postos para abstrair e relativizar REALIDADE, rsrsrsrs, o que será uma enorme perda de tempo... Rsrsrsrs, de forma que limitando a minha participação, e permitindo que outros façam melhor do que eu fiz, devo dizer que os meus argumentos estão dispostos.... A tendência ao fervor religioso é inata... A religião escolhida é aprendida... A tendência a seguir guias é inata... Como eles serão e para onde nos conduzirão é aprendida.... A personalidade é inata, o caráter aprendido... E dependendo da fase em que o videogame entra na vida de uma criança, estará contribuindo sim para o seu caráter e visão de mundo... Mas não diretamente em sua personalidade... Aos dois aninhos, como tomou conhecimento esta semana, em contato com um casal de amigos em São Carlos, será um enorme problema, assim como aos 04 anos, como no caso do filhinho do Sergio... O sistema neural está sendo finalizado, e sofre outra sacudida na adolescência... E depois vem toda a discussão memética... Mas como disse, já dei a minha contribuição... Deste ponto em diante, terei investido um tempo e atenção desmedido, e mesmo achando que existe muito mal entendido aqui, merecendo ser esclarecido, declaro-me cansado deste papo... 

Não jogue a vida... Viva o jogo... 
Ou simplesmente VIVA...

Se você nega a pulsão de morte freudiana, - assim como eu -, o que diria sobre os casos de pessoas que jogaram até morreu, em choque por não comerem, e por outros males causados ao cérebro??? É um vício, mortal como outro vício qualquer... Embora incremente algumas faculdades... Assim como a cocaína... Mas o saldo final é devastador...

Brother, e sinceramente não acho que discordemos... Acho que este papo assumiu uma direção estapafúrdia... Espero que seja apenas uma questão de maus entendidos... Não posso aceitar que uma vida virtual substitua a real, digo em escala de tempo.... Até mesmo por questões fisiológicas, e também porque questões de relacionamento... Simplesmente se uns amigos vem até a minha casa com frequência e nunca viram meu filho porque passa a vida encerrado no quarto jogando videogames, eles não 'conhecerão' nem desenvolverão qualquer tratativa psico-social com o meu filho.... Entenda, não considero videogame a causa, mas sim o MEIO... Um meio que posso evitar, sedutor, fácil, disponível... Que embota os sentidos... É simples assim... Conheço várias família nesta situação, filhos trancafiados em seus quartos e mundo individuais, e como não somos NATURALMENTE uma ILHA, rsrsrsrs, este preço será pago mais adiante... Como curto o princípio de Mann, teria vergonha de morrer sem ter feito nada de positivo pela humanidade, mesmo que seja no singelo espectro de minha vida em família ou amigos... Estou falando do exagero que se instaura... Você confundem isso com alguma baboseira anti-tecnologia, ou 'modismo'.... Não, é puramente uma questão de tempo, de saúde, de funcionalidade dentro da sociedade - ou da humanidade... Relativizar isso é demais pra mim... Seria equivalente a relativizar tudo... Como disse, considero uma fuga... E realmente não acho que temos divergências contra isso... E insisto, tudo o que você e o Sergio lutam, assim como eu, envolver substituir a ilusão por realidade... Como podem advogar em defesa de investir o tempo de uma vida no pensamento mágico através de videogames? Existem poucos jogos instrutivos, muitos que desenvolvem o raciocínio lógico, mas nenhum que substitua a REALIDADE, física e conceitual... E evidentemente isso tem um enorme impacto sobre nossas vidas... É isso brother, e disse que iria parar mas não fui capaz, rsrsrsrsrs... Obsessão, rsrsrsrsrs... Realmente considero tanto a vocês - Thales e Sérgio - que me preocupo com tamanha divergência, que no fundo no fundo, não acredito existir... Acho que enveredamos por uma disputa, rsrsrsrs, sim, porque não creio que em sã consciência achem que passar a vida jogando videogames, 'até o o cú fazer palma', já que 'não existe sofrimento', seja uma proposta de VIDA... Não podemos a isso de VIDA... Talvez, pelos sinais vitais, possamos considerar como existência, ou um mero ser vivo, em estado vegetativo avançado... Mas sem a produção de nada, de nenhum esforço ou empenho pelos demais, nem inter-relação, nem nada, não considero que meraça o status de uma VIDA BEM VIVIDA.... A relativização disso também é possível, mas soará - como já disse - uma tremenda fuga da realidade... E voltando ao verdadeiro motivo deste post, considero a sua publicação primorosa, e a sua voz como única... Siga em frente, conte comigo... Você faz parte da cavalaria...

NÃO JOGUEM VIDEOGAMES, JOGUEM A VIDA... TENTEM A REALIDADE... NÃO MUDA A SUA PERSONALIDADE, MAS CONVERTE A SUA VIDA EM REALIZAÇÕES... REAIS... 

Um forte abraço....


Carlos Sherman

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