LOUCO
Foi ali na embocadura do rio
Donde a fonte se resguarda
D’as conas fiadas
Que confiei
A ti entreguei fios já destroçados
Rolos e mais rolos emaranhados
Foi-te nefrestando
Que antes, me nefrestei
O rio da foz quase secou
Por sorte
Tinha vertentes
O sangue já salmourado, vazou
Do vale da grande cordilheira
Muitos poços... preenchidos
De vácuos
Mas tu so-mente Louco
Podes permanecer um pouco.
Agora, calo
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
Vivo.. zumb’ida
Louco permanece
Oco me enlouquece
Broto, tou grávida.
(Giselle Serejo, jul-2012)
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