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quinta-feira, 26 de abril de 2012

COTAS RACIAIS: RACISMO E IGNORÂNCIA...

Esta é a imagem de uma mulher... Tem dignidade no olhar e as marcas de muitas lutas em seu rosto... Não importa a quantidade de melanina em sua pela... Percebo a sua dignidade, imagino a sua luta, e me emociono com o impacto do seu olhar - puro - penetrando o meu, para explodir em meu cérebro...  Uma epifania bioquímica... 


COTAS RACIAIS: RACISMO E IGNORÂNCIA...

Senhores ministros do STF, não os respeito... E já faz algum tempo... Brasileiros, não embarquem nessa onda!!!

Sou frontalmente contra cotas raciais... Um absurdo que me causa indignação e muita preocupação: estamos retrocedendo... Dois índios presentes na sessão do STF, e desconheço a motivação de sua visita, mas poderiam ter aproveitado para perguntar aos palhaços 'populistas' de toga sobre a cota para os índios... Mas índios não estão em alta, e então foram conduzidos - à força, e com truculência - ao olho da rua... Afinal o Olimpo melodramático, espalhafatoso e político, não é lugar para a ralé, as urnas sim... 


Não vamos a nenhuma parte com esta medida, senão em marcha ré e em alta velocidade... 

Por que? Eis os argumentos... Se puder ler até o fim, seremos dois... Talvez três, ou talvez muitos mais... Muitos a abraçar a verdade, e deixando a escuridão da ignorância, do modismo e do populismo, para enfim nos tornarmos conscientes da VERDADE...

A população negra no Brasil é de 7,61%, as classes D e E somam 24%, e estão em queda desde de 2005, quando apontavam 51%... Hoje a classe média no Brasil representa 53%, e chegamos até aqui sem cotas, e democraticamente... Tudo isso parece um juízo religioso, um tipo de condenação pelo pecado original da escravidão... Mas o que temos nós, em 2012 a ver com a escravidão no Brasil inciada em 1500, decorrente de tratativas entre portugueses e africanos do Congo e Angola? 


A própria escravidão não foi exatamente um problema de raça... O termo 'escravos' vem de 'eslavos', homens de olhos azuis e pele clara, capturados e escravizados por outros homens brancos - desta vez de origem germânica ou bizantina - na Alta Idade Média... Mas a escravidão é bem mais antiga e remonta ao início da própria civilização... 


Entre 1500 e 1800, e portanto no mesmo período em que vigou a escravidão no Brasil, estima-se que os reinos árabes do norte da África capturaram cerca de 1,5 milhões de escravos brancos - a maioria proveniente da costa mediterrânea... 

Platão e Aristóteles - dois imbecis endeusados como filósofos - eram francamente favoráveis à escravidão, e a boçalidade de Aristóteles se destaca, e realmente me assombra um pouco mais a cada dia: 

"(...) algumas pessoas por natureza são escravos (...) É correto que os gregos governem os bárbaros, por natureza o que é bárbaro e o que é escravo são a mesma coisa (...) Pois que alguns devam mandar e outros serem mandados é algo não apenas necessário, mas apropriado; a partir da hora de seu nascimento, alguns são marcados para a sujeição, outros para governar. (...) Essa pessoa é por natureza um escravo que pode pertencer a outra pessoa e que só participa do ato de pensar por reconhecê-lo, mas não por possuí-lo. Outros seres vivos (animais) não conseguem reconhecer o pensamento; obedecem apenas os sentimentos. Contudo, há pouca diferença entre usar escravos e usar animais domesticados: ambos fornecem auxílio físico para fazer coisas necessárias.


E toda esta imbecilidade aristotélica, bárbara e ignóbil, falava em escravizar brancos - talvez alguns mongóis amarelos e árabes pardos... Os negros andavam um pouco distantes... 

Brancos, muitos, foram escravizados por brancos; e brancos foram escravizados por negros... Negros escravizaram outros negros, e venderam a grupos de brancos, navegadores e mercadores portugueses, que trouxeram estes escravos para executar trabalhos forçados no Brasil... Estes escravos, por sua vez, uma vez libertos, também possuíam escravos... Negros, no Brasil, possuíam escravos negros... O primeiro passo após conquistar a alforria, pasmem vocês, era comprar escravos... 

Em Sabará, segundo o Arquivo Público, no ano de 1830, haviam mais mulheres negras e pardas donas de escravos do que mulheres brancas: 

"229 morenas e negras com escravos, 223 mulheres brancas com escravos (...) em 1.811 casas, 776 eram chefiadas por pardos e negros (43%)

Em Serro Frio, a análise dos registros fiscais em 1738, mostra que: 

"22% dos 'proprietários de gente' haviam vivido em cativeiro (...) 63% deste grupo eram mulheres (...) os libertos possuíam em média 2 escravos, enquanto os brancos 5"... 

Em Campos dos Goytacazes, no final do século XVIII, um terço da classe senhorial era composta por "gente de cor"... O fenômeno, além de Minas e Rio, se repetia na Bahia e em Pernambuco... No Vilarejo de São Gonçalo dos Campos, próximo a Salvador, pardos e negros, possuíam 29% de todos os "cativos", contra 46,5% em Santiago do Iguape... 

Agora o choque: 

Zumbi - ou Zambi - tinha escravos!!! Muitos... 

O homem cuja data da morte marca, em nossos dias, a celebração da consciência negra, no século XVII capturava escravos nas fazendas vizinhas para que executassem trabalhos forçados no famoso Quilombo dos Palmares... Os escravos fugitivos que alcançassem o famoso quilombo eram considerados homens livres, mas aqueles que eram capturados - negros - em fazendas vizinhas, eram tratados como escravos... Percebam então, que a atrocidade da escravidão, em um mundo pré-humanista, era encarada com naturalidade, e não tinha relação direta com a cor... 


Não havia uma cor para o opressor e uma cor para oprimido... Essa é uma retumbante falácia... E dizê-lo é bem diferente de negar que milhões de pessoas sofreram terrivelmente ao serem capturadas e comercializadas como objetos, como animais... Mas milhões de judeus também sofreram atrocidades, assim como milhões de pessoas foram mortas por Stálin, Hitler e Mao... Seus descendentes devem sofrer muito por isso... Poderíamos instituir um regime de cotas ainda mais abrangente, ou não instituir nenhum...  

Por volta de 1830, José Francisco dos Santos, escravo, sofrido, capturado e trazido da África, alfaiate de profissão, o "Zé Alfaiate", conquistou a sua liberdade... Enfim estava livre de um sistema que operava sobretudo no Congo e Angola, e onde negros capturavam outros negros, que eram negociados com os portugueses para vir ao Brasil executar trabalhos forçados... Enfim livre... Zé Alfaiate poderia então exercer a sua profissão, certo? Errado... 


Zé voltou para a mãe África e sabem pra quê? Para se tornar traficante de escravos... Um dos negócios mais lucrativos que havia por lá... Casou-se com a filha de Francisco Félix de Souza - ou Chachá -, um negro conhecido como "o maior vendedor de gente da África Atlântica"... Zé passou a operar o negócio do sogrão, mandando ouro, azeite de dendê e negros a toda parte - onde a pressão inglesa pelo fim da escravidão ainda não tivesse chegado... Zé escreve de próprio punho: 

"Por esta goleta [embarcação] embarquei por minha conta em nome do senhor Joaquim D´Almeida 20 balões [escravos] sendo 12 H. e 8 M. com marca '5' no seio direito. Eu vos alerto que a marca que vai na listagem geral é 'V seio' mas, como o ferro quebro durante a marcação, não houve então outro remédio senão marcar com ferro '5'"... 

Esta pérola da sandice humana, supera Aristóteles em imbecilidade escravagista, e assombra pelo desprezo ao ser humano... Todas as vezes que leio isso sinto arrepio pelo sofrimento alheio, seguido de indignação e revolta... Por que não fiz nada? Eu não estava lá, mas estou aqui, e posso fazer a minha parte hoje... Posso lutar e impedir qualquer tipo de opressão... Meto-me em confusões na rua, e pratico esta coerência, lutando contra injustiças de toda ordem... Mas é agora que pretendo dar o cheque mate, subtraindo força do grand finale: 

Você já pararam para pensar - claro que não - que podemos estar separando cotas para os descendentes de Zé Alfaiate e Chachá? A escravidão não foi um problema de raça... 

Negros alforriados, trabalhavam e ganhavam dinheiro com o negócio da escravidão, entre o Brasil e a África... O homem, 'dito civilizado', escraviza outros homens - brancos, amarelos, pardos, índios, negros - desde o início da civilização, a cerca de 15.000 anos... Este terrível quadro só foi alterado com o iluminismo e o humanismo, e agradeça aos ingleses, branquelos, por isso; um século depois da morte de Zumbi, e a 7.000 quilômetros de distância de Palmares... Agradeça também aos americanos, brancos, e à Declaração de Direitos da Virgínia de 1776, donde se lê no artigo primeiro: 

"Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm direitos certos, essenciais e naturais dos quais não podem, pôr nenhum contrato, privar nem despojar sua posteridade: tais são o direito de gozar a vida e a liberdade com os meios de adquirir e possuir propriedades, de procurar obter a felicidade e a segurança."... 

Nem Aristóteles nem Zumbi pensaram nisso... Mas, o que a nossa sociedade democrática e republicana, o que eu e você, que jogamos o mesmo jogo constitucional, sujeitos aos mesmos impostos e leis, temos rigorosamente a ver com isso? Nós, que nunca manifestamos nenhum tipo de racismo, e não contribuímos para nenhum tipo de desigualdade? Entendam a escravidão, entendam a escravatura no Brasil, entendam a democracia, estudem, aprofundem-se antes de emitir opinião... 

E se leu até aqui, estou certo de que sente a mesma indignação que eu, por tudo isso, por todo o exposto, da violência do conceito e do que foi a escravidão à estupidez aristotélica, da carta de Zé Alfaiate às cotas raciais, privilegiando uns e não outros, mesmo estando sujeitos rigorosamente ao mesmo estado de direito... Não vejo como e onde negros entram sozinhos nesta estória dentro da história... Estamos falando da saga humana, negros, brancos, pardos, índios, amarelos, ou seja lá como rotulemos a distribuição epidérmica da melanina; e um batalhão de ignorantes e criminosos 'capturando e vendendo gente'... 

Não existe portanto a tão propagada "consciência negra" senão a consciência humana... "Todos os homens nascem igualmente livres e independentes (...) tais são o direito de gozar a vida e a liberdade com os meios de adquirir e possuir propriedades, de procurar obter a felicidade e a segurança"... E isso dependerá da luta de cada um, tenha nascido pobre ou rico, negro ou branco... Não pude deixar de notar, apesar do show, como o senhor Joaquim Barbosa, ministro do supremo, negro, durante a sessão no STF - diferentemente de situações anteriores -, teve os olhos fugidios e a voz nem tão firme, denotando a fragilidade de sua posição, racista e corporativista... 


Somos todos humanos, demasiado humanos... Somos diferentes, individuais, mas decidimos viver em pé de igualdade - sem exceções... Não existe valor mais humano e civilizado... Exigir igualdade é uma manifestação do amor e da solidariedade... Lutemos contra toda sorte de desigualdades, comecemos por condenar as cotas raciais...


O que devemos aprender com a escravidão, com as exploração dos 'eslavos', com a ignorância aristotélica, com as atrocidades cometidas pelos reinos estabelecidos no Congo e Angola, com a carta de Zé Alfaiate - que particularmente me embrulha o estômago -, com os registros históricos do que foi a escravatura em todos os tempos e lugares, e afligindo todas as raças, e com a participação portuguesa no negócio, em particular no Brasil, entre os séculos XVI e XIX? A mesma lição que devemos tirar do Holocausto judeu, do leninismo e do stalinismo, do nazismo, e da Inquisição Católica, entre outras tragédias humanas... Devemos aprender o quanto a desigualdade foi opressora e cruel, para não repeti-la... Devemos aprender sobre os recentes valores da igualdade e respeito a vida... 


A escravidão não foi um flagelo negro, foi um flagelo humano... Não podemos repetir os erros do passado, em uma espécie de desforra, sendo - hoje - desiguais; e favorecendo a uns e não a outros apenas pela cor da pele... Isso demonstra o grau de ignorância histórica e antropológica de nossos - nem tão nobres - magistrados, assim como sobre Genética e Neurofisiologia... Muito além da ignorância marxista e behaviorista, reside a verdade de nossa condição humana... Posso ter muito mais afinidade genética com um negro do que um negro com outro  branco... E isso porque em nossos 30.000 genes, muita coisa é dita além da produção de melanina...


Tenho duas filhas, uma considerada branca e outra considerada parda... E aí? Vamos acabar com o RACISMO da divisão e classificação por raças... Hoje, aqui e agora, JÁ, demonstrando que vamos em uma caminho mais elevado, e não pretendemos repetir os equívocos e atrocidades do passado... Somos todos filhos de uma mesma mãe africana, que há cerca de 200.000 anos pariu as mães das mães de nossas mães, e os filhos que deixaram a África Oriental para colonizar o mundo... Nesta viagem a cor de uns mudou... Esta não é a saga do orgulho negro... Esta é a saga humana - demasiado humana... 

Carlos Sherman

P.S. : 
Não esqueçamos de estender os princípios pétreos de respeito à vida humana, à toda forma de vida...


Confira também:


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Fontes:
1. Milton Guran, Agudás: Os "Brasileiros" do Benin, Nova Fronteira 2000, página 47;
2. Joaquim Nabuco, O Abolicionismo, publicado em 1883, página 60, www.dominiopublico.gov.br;
3. Pierre Verger, Fluxo e Refluxo do Tráfico de Escravos entre o Golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos: Dos Séculos XVII a XIX, 2a. Edição, Corrupio, 1987, página 264;
4. Pierre Verger, página 251;
5. Ronaldo Vainfas, "Colonização, miscigenação e questão racial: notas sobre equívocos e tabus da historiografia brasileira", revista O Tempo, volume 4, número 8, agosto de 1999;
6. Flávio dos Santos Gomes, História dos Quilombolas, Companhia das Letras, 1995, página 10;
7. Paul E. Lovejoy, A Escravidão na África, Civilização Brasileira, 2002, páginas 128 a 130;
8. Marina de Mello e Souza, "A Rainha Jinga - África Cemtral, século XVII", revista eletrônica ComCiência, número 97, 9 de Abril 2008;
9. Flávio dos Santos Gomes, Palmares, Contexto, 2005, página 104;
10. Andressa Merces Barbosa dos Reis, Zumbi: Historiografia e Imagens, dissertação de mestrado disponível em www.dominiopublico.gov.br;
11. Mary del Priore e Renato Pinto Venâncio, O Livro de Ouro da História do Brasil, Ediouro, 2001, página 79;
12. Dicionário Houaiss, verbete "Escravo"; Merrien-Webster Dictionary, verbete "Slave";
13. Rory Carroll, "New book reopens old arguments about slave raids on Europe", Guardian, 11 de Março de 2004;
14. Eduardo França Paiva, Escravos e Libertinos de Minas Gerais do Século XVIII, Annablume, 1995, página 137 e 138;
15. Eduardo França Paiva, páginas 45 e 147;
16. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, Escravismo em São Paulo e Minas Gerais, Edusp, 2009, página 472;

17. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 456;
18. José Roberto Pinto de Góes, "Negros, uma história reparada", revista Insight Inteligência, número 34, Julho-Setembro de 2006, páginas 52 a 62; 
19. Bert Jude Barickman, Um Contraponto Baiano, Civilização Brasileira, 2003, página 239;
20. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 472;
21. Lila Moritz Schwarcs, As Barbas do Imperador, 2a, Edição, Companhia das Letras, 1999, página 15;
22. Sidney Chalhoub, "Medo branco de almas negras: escravos, libertinos e republicanos na cidade do Rio", Revista Brasileira de História, volume 8, número 16, páginas 83 a 105;
23. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 487;
24. J. Michael Turner, "Escravos Brasileiros no Daomé", revista Afro-Asia, UFBA, número 10-11, 1970, página 16;
25. Alberto da Costa e Silva, Um Rio Chamado Atlântico, Nova Fronteira, 2003, páginas 18 e 160;
26. Carolyna Glicério e Silvia Salek, "Vitimização do negro nos livros estimula preconceito, diz historiador", BBC Brasil, 23 de Agosto de 2007, disponível em www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/070704_dna_racismo_educacao_cg.shtml;
27. Paul E. Lovejoy, páginas 59 e 240;
28. Wolfgang Döpcke, "O ocidente deveria indenizar as vítimas do tráfico transatlântico de escravos?", Revista Brasileira de Política Internacional, volume 44, número 2, 2001;
29. Pierre Verger, páginas 268, 289 e 291;
30. Bert Jude Barickman, página 251;
31. Pierre Verger, página 289 a 291;
32. Lila Moritz Schwarcz, página 18;
33. Silvia Hunold Lara, Fragmentos Setecentistas, Companhia das Letras, 2007, página 200;
34. Alberto da Costa e Silva, "Fruku, o príncipe-escravo", Aventuras de História, 5a. Edição, Fevereiro de 2004;
35. Mário Furley Smith, Nova História Crítica, 7a. Série, Nova Geração, 2001;
36. Editorial "O MEC acorda tarde", Jornal O Estado de São Paulo, caderno Opinião, 20 de Setembro de 2007;
37. Nelson Pilleti e Claudino Pilleti, História e Vida, Brasil: Do Primeiro Reinado aos Dias de Hoje, volume dois, 23a. Edição, Ática, 2006, página 40;
38. Seymour Drescher, Capitalism and Antisalavery: British Mobilization in Comparative Perspective, Oxford University Press, 187, página 72;
39. Manolo Florentino, "Sensibilidade Inglesa", Revista de História da Biblioteca Nacional, Maio de 2008;
40. Leandro Narloch, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Leya, 2011;
41. Laurentino Gomes, 1808, Planeta do Brasil, 2007, 1a. Edição;
42. Laurentino Gomes, 1822, Nova Fronteira, 2010, 1a. Edição;
43. IBGE diversos gráficos e informações estatísticas, 2008, 2009, 2010, 2011 - www.ibge.gov.br
44. FGV diversos gráficos e informações estatísticas 2008, 2009, 2010, 2011 - www.fgv.br
45. Governo do Estado de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro;
46. Martin Cohen, Casos Filosóficos, Civilização Brasileira, 2012;
47. Platão, A República, Nova Cultural...
48. Economia e Negócios, "53,5% dos negros brasileiros já estão na classe média", Jornal o Estado de São Paulo;
49. Michael Sandel, 'Justiça'...
50. Matt Ridley, 'O que nos faz Humanos'...

12 comentários:

  1. Se não me engano até Chica da Silva tinha escravos também. As pessoas que acham a escravidão um absurdo hoje, provavelmente achariam normal se vivessem em outras épocas. Acho que quase ninguém percebe isso. Muito bom o texto, as cotas ferem o princípio da Isonomia.

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  2. Sim Karlos, obrigado, e é verdade... Chica da Silva tinhas escravos... Se ZUMBI tinha, todo mundo tinha, rsrsrsrs...

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  3. Poderia, por obséquio, citar as fontes bibliográficas de todos os trechos que citou, e todas as informações que passou ao leitor como indubitavelmente verdadeiras?

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    1. Com prazer:

      Fontes:

      1. Milton Guran, Agudás: Os "Brasileiros" do Benin, Nova Fronteira 2000, página 47;
      2. Joaquim Nabuco, O Abolicionismo, publicado em 1883, página 60, www.dominiopublico.gov.br;
      3. Pierre Verger, Fluxo e Refluxo do Tráfico de Escravos entre o Golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos: Dos Séculos XVII a XIX, 2a. Edição, Corrupio, 1987, página 264;
      4. Pierre Verger, página 251;
      5. Ronaldo Vainfas, "Colonização, miscigenação e questão racial: notas sobre equívocos e tabus da historiografia brasileira", revista O Tempo, volume 4, número 8, agosto de 1999;
      6. Flávio dos Santos Gomes, História dos Quilombolas, Companhia das Letras, 1995, página 10;
      7. Paul E. Lovejoy, A Escravidão na África, Civilização Brasileira, 2002, páginas 128 a 130;
      8. Marina de Mello e Souza, "A Rainha Jinga - África Cemtral, século XVII", revista eletrônica ComCiência, número 97, 9 de Abril 2008;
      9. Flávio dos Santos Gomes, Palmares, Contexto, 2005, página 104;
      10. Andressa Merces Barbosa dos Reis, Zumbi: Historiografia e Imagens, dissertação de mestrado disponível em www.dominiopublico.gov.br;
      11. Mary del Priore e Renato Pinto Venâncio, O Livro de Ouro da História do Brasil, Ediouro, 2001, página 79;
      12. Dicionário Houaiss, verbete "Escravo"; Merrien-Webster Dictionary, verbete "Slave";
      13. Rory Carroll, "New book reopens old arguments about slave raids on Europe", Guardian, 11 de Março de 2004;
      14. Eduardo França Paiva, Escravos e Libertinos de Minas Gerais do Século XVIII, Annablume, 1995, página 137 e 138;
      15. Eduardo França Paiva, páginas 45 e 147;
      16. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, Escravismo em São Paulo e Minas Gerais, Edusp, 2009, página 472;
      17. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 456;
      18. José Roberto Pinto de Góes, "Negros, uma história reparada", revista Insight Inteligência, número 34, Julho-Setembro de 2006, páginas 52 a 62;
      19. Bert Jude Barickman, Um Contraponto Baiano, Civilização Brasileira, 2003, página 239;
      20. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 472;

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    2. Continuando...


      21. Lila Moritz Schwarcs, As Barbas do Imperador, 2a, Edição, Companhia das Letras, 1999, página 15;
      22. Sidney Chalhoub, "Medo branco de almas negras: escravos, libertinos e republicanos na cidade do Rio", Revista Brasileira de História, volume 8, número 16, páginas 83 a 105;
      23. Francisco Vidal Lima, Herbert S. Klein e Irani del Nero da Costa, página 487;
      24. J. Michael Turner, "Escravos Brasileiros no Daomé", revista Afro-Asia, UFBA, número 10-11, 1970, página 16;
      25. Alberto da Costa e Silva, Um Rio Chamado Atlântico, Nova Fronteira, 2003, páginas 18 e 160;
      26. Carolyna Glicério e Silvia Salek, "Vitimização do negro nos livros estimula preconceito, diz historiador", BBC Brasil, 23 de Agosto de 2007, disponível em www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/070704_dna_racismo_educacao_cg.shtml;
      27. Paul E. Lovejoy, páginas 59 e 240;
      28. Wolfgang Döpcke, "O ocidente deveria indenizar as vítimas do tráfico transatlântico de escravos?", Revista Brasileira de Política Internacional, volume 44, número 2, 2001;
      29. Pierre Verger, páginas 268, 289 e 291;
      30. Bert Jude Barickman, página 251;
      31. Pierre Verger, página 289 a 291;
      32. Lila Moritz Schwarcz, página 18;
      33. Silvia Hunold Lara, Fragmentos Setecentistas, Companhia das Letras, 2007, página 200;
      34. Alberto da Costa e Silva, "Fruku, o príncipe-escravo", Aventuras de História, 5a. Edição, Fevereiro de 2004;
      35. Mário Furley Smith, Nova História Crítica, 7a. Série, Nova Geração, 2001;
      36. Editorial "O MEC acorda tarde", Jornal O Estado de São Paulo, caderno Opinião, 20 de Setembro de 2007;
      37. Nelson Pilleti e Claudino Pilleti, História e Vida, Brasil: Do Primeiro Reinado aos Dias de Hoje, volume dois, 23a. Edição, Ática, 2006, página 40;
      38. Seymour Drescher, Capitalism and Antisalavery: British Mobilization in Comparative Perspective, Oxford University Press, 187, página 72;
      39. Manolo Florentino, "Sensibilidade Inglesa", Revista de História da Biblioteca Nacional, Maio de 2008;
      40. Leandro Narloch, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Leya, 2011;
      41. Laurentino Gomes, 1808, Planeta do Brasil, 2007, 1a. Edição;
      42. Laurentino Gomes, 1822, Nova Fronteira, 2010, 1a. Edição;
      43. IBGE diversos gráficos e informações estatísticas, 2008, 2009, 2010, 2011 - www.ibge.gov.br
      44. FGV diversos gráficos e informações estatísticas 2008, 2009, 2010, 2011 - www.fgv.br
      45. Governo do Estado de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro;

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    3. Gostei da resposta, Carlos. É de fato uma longa lista de referências bibliográficas a ser conferida...

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    4. 46. Martin Cohen, Casos Filosóficos, Civilização Brasileira, 2012;
      47. Platão, A República, Nova Cultural...

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    5. Boa sorte Vinícius...

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  4. Platão, nas Leis, diz que não tem opinião formada sobre a escravidão. Ele afirma que os gregos tinham diferentes opiniões sobre o tema. Vc cita a República, mas em nenhuma parte da obra o autor defende a escravidão abertamente. Pelo menos que eu me lembre. Logo, gostaria da passagem exata da obra.

    Já que a escravidão no Brasil não tinha caráter racial, gostaria que vc postasse quantos brancos escravizados existiam no país.

    Também gostaria que vc me explicasse pq não existem negros trabalhando em shoppings, bancos, agências de automóveis e outros locais onde seja necessário um contato direto com o público.

    Por fim, gostaria de acrescentar que diversos autores citados por vc assinaram um manifesto a favor das cotas, assim como uma centena de outros especialistas em História da Escravidão no Brasil que vc não cita

    Para ver a enorme lista: http://sequenciasparisienses.blogspot.com.br/2010/04/manifesto-sobre-as-cotas-para-negros.html

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    1. Obrigado e meus respeitos por vossa opinião... Obrigado por ter lido o post, de forma tão profunda e atenta... Um abraço...

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  5. Chicão, bom dia, primeiramente Platão cita sim, na República, por meio do diálogo 'platônico' entre Sócrates e Glauco, na insistência de Glauco em ampliar a República original proposta pelo Sócrates-platônico, este responde "precisaremos então de mais escravos"... Estou neste momento impossibilitado de acessar a minha biblioteca neste momento, posto que estamos mudando para outra cidade, e minha casa está desmontada...

    Sobre escravidão o Brasil e 'raças', gostaria primeiramente de dizer que não existem 'raças'... Não de fato, conforme foi devidamente explicado neste e em outros posts, trata-se de uma falácia, não existem 'raças' humanas... Em seguida, você distorce o que digo, não digo que a escravidão no Brasil não esteve relacionada exclusivamente com africanos e seus descendentes... Digo sim que negros escravizaram negros na África e aqui, e demonstro também que o conceito de escravatura não esteve relacionado somente com negros, 'melaninicamente' falando... Disse ainda, e reafirmo, que não se pode dizer absolutamente nada sobre a genética de alguém pela sua cor da pele... Disse e repito que escravizamos desde a origem da civilização, disse que brancos foram escravizados por negros também... Disse que tudo isso é resultado de profunda ignorância sobre a natureza humana, de decorre da vã sociologia, pouco interessada nos aspectos antropológicos que desfaçam o equivocado dogma de que 'o homem é produto do meio', e muito menos ainda em entender - de fato - a natureza humana - troppo umana... Não somos produto no meio, estudem genética, neurociência, e psicologia cognitiva... No entanto, esqueçam a eugenia de Galton, a psicanálise freudiana, e o behaviorismo... Esqueçam a doutrina do 'bom selvagem' de Rousseau, da tábula rasa de Locke e do fantasma na máquina platônica... Ou Platão também na fantasiava dobre almas? São meras falácias...

    Prof. Chicão, o Brasil conta 7% de negros, e metade está na classe média... A população melhor remunerada no país tem distribuição melaninica de tonalidade amarela... Temos um negro, e detesto seguir nesta imbecil discriminação por cor, trabalhando no STF, entre 11 ministros, o que representa mais de 7% de negros no STF... Mas temos somente duas mulheres, e deveríamos ter pelo menos 5, não temos índios nem asiáticos no STF... É óbvio que existem negro trabalhando em Shoppings e em bancos, assim como em minha empresa... Isso é ridículo...

    Prof. Chicão, obrigado pela informação, favor citar quais os autores que cito que se manisfestaram a favor de cotas, e por favor cite na sequência quem eu precisaria estudar para embasar 'ainda mais a minha posição'.... Não cite por favor Gilberto Freyre, que enaltece o 'branqueamento da população argentina', além de elogiar os 'nobres senhores da Ku Klux Klan' em sua tese de mestrado na Universidade de Columbia... Não cite por favor Darcy Ribeiro, e na verdade não perca o seu tempo citando sociólogos, posto não tratar de ciência, sendo até aqui e tristemente, um mero exercício demagógico e ideológico...

    Vou conferir a enorme lista... E aceito a liberdade de opinião, sem problemas... A maioria é crente em deuses, no sobrenatural, em marxismo, em psicanálise, porque não seriam crentes em raças?

    Assiste o que pensa Morgan Freeman sobre o tema 'racismo':

    http://ethosproject.blogspot.com.br/2012/05/morgan-freeman-sobre-o-mes-da-historia.html

    E Walter William sobre cotas:

    http://ethosproject.blogspot.com.br/2012/05/economista-americano-walter-williams.html

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    Respostas
    1. Pois é Carlos Sherman, 2 anos se passaram e o tal de "Prof." não se manifestou. Será que ele tropeçou no próprio rabo?

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