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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um Manifesto Ateísta...



Um Manifesto Ateísta
por Guto Júnior

Muitos perguntam que diferença faz se um homem acredita em um Deus ou não.

Faz uma grande diferença.

Faz toda a diferença do mundo.

É a diferença entre estar certo e estar errado; é a diferença entre verdade e imaginação – fatos ou ilusão.

É a diferença entre a terra ser plana e a terra ser redonda.

É a diferença entre a Terra ser o centro do Universo ou uma minúscula partícula em um vasto e inexplorado oceano com multidões de sóis e galáxias.

É a diferença entre o conceito apropriado de vida ou conclusões baseadas em ilusões.

É a diferença entre o conhecimento comprovado e a fé da religião.

É uma questão de Progresso ou de Idade das Trevas.

A história humana comprova que a religião perverte o conceito do homem a respeito da vida e do Universo; que o transforma em um covarde submisso ante as forças cegas da natureza.

Se você acredita que há um Deus; que o homem foi “criado”; que foi proibido de comer o fruto da “árvore do conhecimento”; que foi desobediente; que é um “anjo caído”; que está pagando a punição por seus “pecados” – então você devota seu tempo rezando para satisfazer um Deus iracundo e ciumento.

Se, em contrapartida, você acredita que o Universo é um grande mistério; que o homem é produto da evolução; que nasce sem qualquer conhecimento; que a inteligência é fruto da experiência – então você devota seu tempo e energia para melhorar sua condição, na esperança de garantir uma pequena felicidade para si e para seus semelhantes.

Essa é a diferença.

Se o homem foi “criado”, então alguém cometeu um grave engano.

É inconcebível que qualquer forma de inteligência desperdiçaria tanto tempo e esforço para produzir um fragmento de vida tão inferior – com todas as “enfermidades herdadas pela carne” e com toda a miséria e sofrimento que são parte tão essencial da vida.

Se o homem é um “anjo caído” por ter cometido um “pecado”, então a enfermidade e o arrependimento são parte do imperscrutável plano de Deus como punição imposta ao homem por sua “desobediência”, e toda a vida do homem é devotada à expiação desse pecado a fim de suavizar tal acusação ante o “Trono de Deus”.

A expiação do homem consiste em fazer-se o mais miserável possível através da oração, do jejum, do masoquismo, da flagelação e de outras formas de tortura.

Esta ilusão sádica faz com que ele insista – sob medo de punição – para que os outros também sejam tão miseráveis quanto a si próprio, pois teme que, se os outros falharem em ser como ele, isso provocará a ira do seu Deus tirano, que castigará com mais severidade.

O resultado inevitável é que o homem não devota sua vida aos princípios essenciais do viver e do bem-estar, mas à construção de templos e igrejas onde pode “elevar sua voz a Deus” em um frenesi de fanatismo, eventualmente tornando-se uma vitima da histeria.

Seu tempo e sua energia são desperdiçados para purificar sua “alma” – a qual ele não possui – e para salvar a si mesmo de uma punição futura no inferno – que existe somente em sua imaginação.

Quão certo estava Robert G. Ingersoll quando disse que “O cristianismo produziu mais lunáticos do que manicômios para interná-los”.

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