Como parte do
senso comum, as pessoas sempre consideraram que a religião, ou crenças em
geral, fazem bem à saúde... Na realidade, diversas experiências comprovaram que
a religião não tem nenhuma eficácia, e não vai além do efeito placebo – quando auto-sugestionamos
a nós mesmos que uma medicação ou rito tem algum efeito sobre nós e sobre a vida...
Em experimentos com novos medicamentos, é comum comparar o grupo que está
ingerindo o medicamento, com um grupo de controle, que está ingerindo um 'medicamento' de aparência idêntica, mas sem nenhum efeito – o placebo... As
pessoas que ingerem o placebo, relatam efeitos, que na realidade só ocorreram
em sua fértil imaginação... Desta forma, se o percentual do grupo de controle
se equipara com o grupo que realmente ingeriu o medicamento, novos testes deverão
ser feitos... O efeito placebo pode ter atuado em ambos os casos, ou seja, o
medicamento pode não funcionar...
Um estudo na renomada
‘Duke University’, em Durham - NC, USA -, mostrou que, além do que já haviam apontado
nos experimentos anteriores, ou seja, a completa ineficácia da oração, ou do engajamento
religioso, sobre a qualidade de vida de uma pessoa, a crença pode na verdade,
prejudicar o cérebro e a saúde, e até mesmo, encolher uma parte do cérebro...
O estudo, comparou
indivíduos religiosos a indivíduos que não crêem, para medir o nível ou o
efeito da depressão em 268 pessoas, com idades variando entre 58 e 84 anos...
Durante as ressonâncias magnéticas, os cientistas constataram que havia uma diferença
significativa no tamanho do hipocampo – região do cérebro relacionada à emoção
e à formação da memória...
Essa diminuição,
que é comum em pessoas com Alzheimer, e pode ser causada nos crentes pelo
stress que os religiosos passam devido à crença; pois eles necessitam ‘lutar’ pelo
que acreditam, indo contra as evidências da vida e da natureza... Além disso,
estão fadados a um ‘julgamento’ constante, e ao cumprimento de normas e regras
de conduta, que muitas vezes ferem o bom senso... Estão em constante observação
de seus atos, e em constante negociação de absolvição... Pedindo perdão,
implorando ou justificando seus atos... Muitas vezes, contra da sua
natureza, ou a própria natureza, ou contra as nossas melhores práticas de convívio social...
Isso faria com que alguns hormônios, que diminuem o tamanho do hipocampo, com o
passar do tempo, acabem sendo liberados em demasia, produzindo um perigoso e
danoso efeito...
Os pesquisadores
responsáveis alertam que novos estudos sobre o tema serão feitos – como é de
praxe em qualquer atividade realmente científica – para comprovar, descartar ou
evoluir nas conclusões sobre o assunto... Deixo a inquietude, e a reflexão, no
sentido de que, o que consideram conseqüência – diminuição do Hipocampo -, possa
traduzir-se, na realidade, em causa... Ou seja, a natureza do indivíduo, pode
desencadear um processo hormonal que culmine, tanto na obsessão pro crenças,
como na diminuição do Hipocampo... E com realimentação... Existem estudos neste sentido, com importantes avanços...
Enquanto um ser
humano intoxica-se da certeza de que tudo funciona de acordo com uma fábula simplista
e misteriosa, ele deixa de aprender, e buscar explicações, e de evoluir
mentalmente e intelectualmente... De certa forma, uma parte de sua vida, está
sincronizada com um pensamento de 3.800 anos atrás, onde toda a vasta compreensão
de como a vida funciona, era completamente desconhecida... Esta luta entre o
conhecimento de hoje, e a crença de ontem, afeta o cérebro e afeta a vida...
Sabemos hoje, que as crenças no sobrenatural são infantis e absurdas, assim como sabemos que as doenças 'já não são possessões demoníacas'... E condenaremos a todo aquele que negligencie o tratamento médico a uma criança enferma, por pura crendice... Já não aceitamos que crendices sejam consideradas em juízos legais... Mas porque aceitamos que escolas doutrinem e adestrem crianças em crendices e absurdos? Sendo que o preço de trazê-las à realidade será imenso... Porque não tocamos nos interesses poderosos, endinheirados e nefastos das dita religiões? Permitir que crianças sejam 'catequizadas', e 'condicionadas' pelos mantras e ladainhas religiosas, é como permitir o abuso de crianças, segundo advertiu Richard Dawkins... Temos que repensar esta questão e repensar o estudo em nosso país... Podemos empreender uma revolução estimulando a 'pensabilidade' - aspecto genuíno da atividade filosófica...
Crer é mais fácil do que pensar... Por isso tantos crentes, e por isso tão poucos pensadores... Mas as conseqüências podem ser severas... Crer é prejudicial à saúde...
Sabemos hoje, que as crenças no sobrenatural são infantis e absurdas, assim como sabemos que as doenças 'já não são possessões demoníacas'... E condenaremos a todo aquele que negligencie o tratamento médico a uma criança enferma, por pura crendice... Já não aceitamos que crendices sejam consideradas em juízos legais... Mas porque aceitamos que escolas doutrinem e adestrem crianças em crendices e absurdos? Sendo que o preço de trazê-las à realidade será imenso... Porque não tocamos nos interesses poderosos, endinheirados e nefastos das dita religiões? Permitir que crianças sejam 'catequizadas', e 'condicionadas' pelos mantras e ladainhas religiosas, é como permitir o abuso de crianças, segundo advertiu Richard Dawkins... Temos que repensar esta questão e repensar o estudo em nosso país... Podemos empreender uma revolução estimulando a 'pensabilidade' - aspecto genuíno da atividade filosófica...
Crer é mais fácil do que pensar... Por isso tantos crentes, e por isso tão poucos pensadores... Mas as conseqüências podem ser severas... Crer é prejudicial à saúde...
Carlos Sherman
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