Diga não à fiança em processos criminais...
Um camarada - um réu - está no celular 'preocupadíssimo' porque o seu carrinho importado foi danificado, enquanto a vítima luta para viver, o corpo inerte, sendo socorrido por paramédicos... Logo, este criminoso estará em liberdade, e respondendo por homicídio doloso, por pagar uma fiança milionária... Onde está a Justiça? Que critério é esse?
Outro marginal, depois de embriagar-se e consumir cocaína, reincidente no consumo de drogas, bate em um carro que havia avançado o sinal... Mata uma mulher grávida... O imbecil, e igualmente criminoso, esposo e pai das vítimas, mente para a polícia e para a Justiça, dizendo que quem conduzia era a sua mulher - morta... Como pode um HOMEM, ser o responsável pela morte da esposa e filho, e pensar em livrar sua pele mentindo sobre semelhante drama? Como pode alguém viver com esta mentira?
O primeiro marginal é indiciado por homicídio doloso, com a intenção de matar... E está em liberdade após pagar fiança de R$ 20.000,00... O segundo criminoso, o marido, é confrontado com testemunhas, com provas materiais e filmagens... E confessa que mentiu, tentando obstruir o trabalho da Justiça... Foi indiciado 'apenas' por homicídio culposo, sem a intenção de matar... Crimes gravíssimo... E na minha opinião inafiançáveis...
Isso me remete à Idade Média, onde a Igreja Católica Apostólica Romana, instituiu o pagamento das indulgências... Esta 'fiança sacro-santa', na realidade tinha um alcance mais amplo... Funcionava assim, você pecava, e confessava os seus pecados... O padre então estipulava um valor a ser pago, a indulgência, e para o cancelamento da multa... Na verdade um propina sacro-santa... E segundo a Igreja, devidamente autorizada por 'deus'... Logo, bastava pagar para livrar-se das chamas do inferno... Efeito similar ao das fianças, no sentido que ricos e pobres seriam tratados de forma completamente diferente pela Justiça dos Homens e pela Justiça de 'deus'... Isso é certo?
Documento de indulgência de Giovanni Domenico de Cupis, cardeal bispo de Ostia, 29 de março de 1550
Os nossos critérios sobre 'crimes inafiançáveis' precisa mudar... E o conceito de fiança, como livrando ricos, e punindo pobres, deve ser rediscutido por nossa sociedade... Sobre as indulgências, foram transformadas no dízimo... O problema é que são uma falácia, e servirão apenas ao propósito enganoso, e estelionatário, de vender o sobrenatural, salvação, vida após a morte... E isso também é caso de polícia... E na minha opinião INAFIANÇÁVEL...
Considera-se que a 'Justiça é Cega' como uma virtude... A Justiça deve ser IMPARCIAL... Mas os seus 'olhos' devem estar bem abertos... Seus bolsos bem fechados.... Seus critérios, ora bolas, JUSTOS... Para todos...
Tenho dito...
Carlos Sherman
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