O ceticismo deriva grego [σκέπτομαι], sképtomai,
‘examinar’, ‘observar’... É tão e somente a atitude – ou doutrina – ética de não
afirmar ou sentenciar sobre o que não se pode provar... Implica em uma
condição de integridade intelectual, e de questionamento permanente, e na
inadmissão da existência de fenômenos metafísicos, espirituais, esotéricos, religiosos
e dogmas – sem provas...
A comum alegação de que ‘afirmar não poder afirmar’,
é uma ‘afirmação negativa’, constitui argumento falacioso... Afirmar que não se
pode afirmar, atesta tão e somente que não se pode afirmar a existência ou não...
Que não se deve, portanto, julgar ou agir baseado em tais suposições, posto que
não foram provadas...
Outra tentativa de diminuir a grandiosidade e a
coragem do ceticismo e, portanto, daqueles que desenvolveram uma atitude ética
ou cética diante da vida – principalmente em questões de superstição -, e dizer
que ‘não se pode tampouco provar a inexistência’... Ou seja, o ceticismo propõe
– tão e somente – que quando não podemos provar a existência devemos descartar
tal proposição... Mas os defensores da ‘achologia’, insistem, dizendo que se
não pudermos provar sua ‘inexistência’, então automaticamente sua existência
passa a ser um argumento válido... Não... De fato, e filosoficamente, e pelo
simples bom senso, podemos dizer que não... Claro que não...
E saibam,
Não se pode provar a inexistência do que não existe... Reductio ad absurdum...
Simples... Mas podemos levar uma vida digna e
justa, e honesta, baseando-nos apenas no que realmente existe e é provado, e ao
invés de tomar atalhos, atrapalhar e confundir – de forma oportunista... Que
tal colabora, refinando a sua capacidade de entender as coisas e produzir provas?
Que tal estudar mais?
Carlos Sherman
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