Prezados,
Estive presente, nesta segunda e terça, 06/06 e
07/06, no terceiro Ethanol Summit (2011), considerado o evento mais importante
sobre Bioenergia do Planeta. O Evento teve como ‘âncora’, o perspicaz, e
carismático William Waack, e contou com a participação de pesos pesados como:
Gilberto Kassab - Prefeito de São Paulo
Luciano Coutinho - Presidente do BNDES
Aldo Rebelo - Deputado Federal por São Paulo
Haroldo Lima - Presidente ANP
Edison Lobão - Ministro das Minas e Energia
Geraldo Alckmin - Governador de São Paulo
Mark Gainsborough - Vice-Presidente de Portfólio Estratégico e Energias Alternativas SHELL
Miguel Rossetto - Presidente PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
Philippe Boisseau - Presidente de Gás e Energia TOTAL
Phil New - Presidente BP BIOCOMBUSTÍVEIS
Vinod Khosla - Presidente KHOSLA VENTURES
Bruno Melcher - Presidente LDC-SEV
Fábio Venturelli - Presidente Grupo São Martinho
José Carlos Grubisich - Presidente ETH
Marcos Lutz - Presidente GRUPO COSAN
Narendra Murkumbi - Presidente SHREE RENUKA
Jacyr Costa Filho - Diretor Presidente GUARANI S.A.
Cledorvino Belini - Presidente ANFAVEA
Jason Clay - Vice-Presidente de Transformações de Mercado WWF
Jay Keasling - Presidente INSTITUTO DE BIOENERGIA, JBEI, LABORATÓRIO NACIONAL LAWRENCE BERKELEY
Jonas Stromberg - Diretor de Sistemas Sustentáveis SCANIA
José Goldemberg - Ex-Ministro do Meio Ambiente e Professor USP
Mariângela Rebuá de Andrade Simões - Ministra Diretora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores
Robert Berendes - Diretor Mundial de Desenvolvimento de Negócios SYNGENTA
Paulo Sotero - Diretor WOODROW WILSON CENTER
Tom Ruud - Presidente do Conselho UMOE BIOENERGIA
Mario Lindenhayn - Presidente BP BIOCOMBUSTÍVEIS BRASIL
Claudio Piquet Pessôa - Diretor GLENCORE BRASIL
Ricardo Castello Branco - Diretor de Etanol PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
Vasco Dias - Presidente RAÍZEN
José Anibal - Secretário de Energia do Estado de São Paulo
Ana Paula Zacarias - Chefe da Delegação da União Européia no Brasil
Marina Silva - Ex-Ministra do Meio Ambiente
Fernando Pimentel - Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Marcos Jank - Presidente da UNICA
Gilberto Kassab - Prefeito de São Paulo
Luciano Coutinho - Presidente do BNDES
Aldo Rebelo - Deputado Federal por São Paulo
Haroldo Lima - Presidente ANP
Edison Lobão - Ministro das Minas e Energia
Geraldo Alckmin - Governador de São Paulo
Mark Gainsborough - Vice-Presidente de Portfólio Estratégico e Energias Alternativas SHELL
Miguel Rossetto - Presidente PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
Philippe Boisseau - Presidente de Gás e Energia TOTAL
Phil New - Presidente BP BIOCOMBUSTÍVEIS
Vinod Khosla - Presidente KHOSLA VENTURES
Bruno Melcher - Presidente LDC-SEV
Fábio Venturelli - Presidente Grupo São Martinho
José Carlos Grubisich - Presidente ETH
Marcos Lutz - Presidente GRUPO COSAN
Narendra Murkumbi - Presidente SHREE RENUKA
Jacyr Costa Filho - Diretor Presidente GUARANI S.A.
Cledorvino Belini - Presidente ANFAVEA
Jason Clay - Vice-Presidente de Transformações de Mercado WWF
Jay Keasling - Presidente INSTITUTO DE BIOENERGIA, JBEI, LABORATÓRIO NACIONAL LAWRENCE BERKELEY
Jonas Stromberg - Diretor de Sistemas Sustentáveis SCANIA
José Goldemberg - Ex-Ministro do Meio Ambiente e Professor USP
Mariângela Rebuá de Andrade Simões - Ministra Diretora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores
Robert Berendes - Diretor Mundial de Desenvolvimento de Negócios SYNGENTA
Paulo Sotero - Diretor WOODROW WILSON CENTER
Tom Ruud - Presidente do Conselho UMOE BIOENERGIA
Mario Lindenhayn - Presidente BP BIOCOMBUSTÍVEIS BRASIL
Claudio Piquet Pessôa - Diretor GLENCORE BRASIL
Ricardo Castello Branco - Diretor de Etanol PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
Vasco Dias - Presidente RAÍZEN
José Anibal - Secretário de Energia do Estado de São Paulo
Ana Paula Zacarias - Chefe da Delegação da União Européia no Brasil
Marina Silva - Ex-Ministra do Meio Ambiente
Fernando Pimentel - Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Marcos Jank - Presidente da UNICA
O evento tratou de temas como:
O futuro do petróleo e o papel dos biocombustíveis;
2020 e além: O futuro do setor sucroenergético;
A cana-de-açucar e a economia de baixo carbono;
Expansão e investimentos no setor sucroenergético brasileiro;
Açúcar e etanol certificados: como produzir e a que custo?
Pró-atividade no setor sucroenergético brasileiro;
Uso da terra, segurança alimentar e o futuro dos biocombustíveis;
Transporte público: nova frente para o etanol?
Híbridos, elétricos e flex-fuel: opções ou convergência?
Biocombustíveis na aviação: avanços e perspectivas;
Um novo ciclo de investimentos para a cana no Brasil;
Políticas públicas: garantindo o abastecimento e o crescimento;
Políticas públicas para desenvolvimento global dos biocombustíveis: desafios e oportunidades;
A revolução da cana I: novos produtos;
A Revolução da cana II: bioplásticos;
Biocombustíveis celulósicos: o futuro já chegou?
Bioeletricidade: desafios para crescer;
Eliminando barreiras: abrindo caminhos globais para o etanol;
O papel estratégico da infraestrutura;
Minhas impressões
gerais e com enfoque de negócio:
1.
O evento envolveu os principais
atores de toda a cadeia, campo (feedstock), processo (technology), aplicação (moléculas);
e este foi um grande marco para o setor. No entanto, sobraram reflexões, e faltaram
respostas.
2.
Apesar da efetiva mediação, com
insistentes provocações por parte de William Waack, os pesos pesado se
comportaram como devem se comportar os presidentes de sociedades anônimas, e
com ações publicadas na bolsa: politicamente corretos, comedidos e evitando
exposições. Entrei com muitas indagações, e descobri que são as mesmas
indagações de todos, mas não descolei respostas;
3.
Na questão campo, feedstock, matéria
prima, a ‘biomassa’ começa a ser mais veiculada do que simplesmente falar de ‘cana
de açúcar’, até porque o assunto ganha contornos globais. O tema este sendo ampliado.
4. Não houveram importantes
comentários sobre o uso de culturas como por exemplo o ‘capim elefante’. A
modificação genética foi bastante comentada e explorada, assim como a
utilização de aditivos como no caso da Syngenta; e existe muita expectativa em
uma forte resposta do campo, seja na quantidade por hectare, como previsões de
incremento e manutenção de valores médios da ordem de 150 toneladas por hectare,
até 200, 250 e 300 toneladas por hectare. Assim como, previsões otimistas sobre
o a quantidade de sacarose; principalmente por parte dos atores petroquímicos
como a BP e Petrobras, que se esquivaram de discutir o ‘sealed price’ da
gasolina em relação ao negócio etanol.
5. BP e Petrobras insistiram que não
podemos justificar o negócio etanol pela gasolina, porque o preço do barril deve
cair ainda mais e se manter baixo. E que esperam ganhos no negócio etanol com
os preços que aí estão, a partir de uma revolução no campo e na tecnologia de
processo.
6.
A Raízen, mesmo com ‘raízes’
petroleiras, seguiu em sentido oposto, e manteve o debate sobre o preço tampão
da gasolina.
7. A Total, Amyris, não discutiu o
mérito ‘campo’, preferindo manter seu foco no valor agregado à ‘molécula’ que
será produzida.
8.
O campo, no entanto, manteve a
discussão no futuro. A realidade está aqui e agora, e os investimentos parecem
seguir represados, apesar do otimismo geral em todas as plenárias;
9. Sobre tecnologia, além da posição
e da disposição da Amyris em trabalhar outras moléculas, e com alto valor
agregado, o tema principal foi o etanol celulósico e de segunda geração. Participei
de um painel exclusivo sobre etanol celulósico, considerei muito modesta a
posição da Petrobrás sobre o tema, dois outros centros de pesquisa
internacionais trataram do tema como resolvido e inventado, mas não apresentaram
‘cases’ em escala industrial. Os números estimados são bastante atrativos, e
não foram contestados, mas não foram comprovados através de aplicações. A
Fapesp procurou mostrar que o Brasil investe mais do que todo o planeta em
pesquisa no setor, mas não foi convincente;
10. Muito se falou sobre a obtenção de
novas moléculas ou produtos, e o presidente da única chegou a dizer que estão
estudando alterar o nome do evento para ‘Bioenergia da Cana de Açúcar’,
considerando que o avanço na produção de outros subprodutos combustíveis, ou
seja, outras moléculas, será rápido e efetivo já para 2013;
11. O combustível líquido se firma
como fonte energética para os transportes. A Scania se colocou na vanguarda da
utilização de etanol para o transporte público, e as contas mostram que além da
resposta tecnológica dos biocombustíveis, teremos que mudar nossos hábitos e
políticas sobre o transporte público;
12. Sobre cogeração, houveram críticas
com respeito ao valor da energia, e ao fato dos leilões estarem misturando gás,
solar e biomassa. O diversos atores reclamam mais leilões, e separação da
Biomassa. O valor ainda é desestimulante, mas como mix, ainda será o padrão em
plantas Green Field, ou seja, as novas plantas sempre contemplarão a geração de
energia elétrica;
13. Todos concordam que é o Açúcar
quem paga a conta, e nas palavras do presidente da Renuka, um simpático e
informal indiano, “ele está casado com o açúcar, e o etanol é sua amante”;
14. De uma maneira geral, havia muito
otimismo nas plenárias, e mesmo a questão logística foi tratada como ‘equacionada’,
por exemplo, por Marcos Lutz da Cosan. Ninguém bateu forte no governo sobre infra-estrutura,
nem sobre o preço da gasolina, e tudo parecia de alguma forma ‘combinado’ com o
governo.
15. O BNDES veio confirmar sua
participação, os empresários, todos, em uníssono disseram que existe dinheiro;
16. Nos bastidores, porém, haviam os
realistas, e os porta vozes do Apocalipse. Conversei com Maurílio Biagi, que
mesmo em fase desprestigiada, acredita que os investimentos serão decididos em
2012, contratados em 2013, em que as novas plantas, desta ‘retomada’, virão só em
2014 e 2015. Disse ainda que se encontrou com Lula e ‘reclamou muito, de que os
empresário que acreditaram no etanol quebraram a cara, com a manipulação do
preço da gasolina’;
17.
Já o meu amigo Ericson Marino da
São Martinho, acredita em um cenário bem mais otimista.
18.
Marcos Lutz disse que a Cosan
(Raízen), tem ‘green fields’ na manga, e espera um marco regulatório para o
etanol. Também acredita que este marco não virá em 2011.
19. Já a BP e a Petrobrás, ao lado da
Total, Amyris, UMOE, Renuka, entre outros, declaram que os investimentos
seguem.
20. A LDC não disse nada, pouco se
ouviu sobre a Bunge, que não prestigiou o evento. As petroleiras mostraram sua
cara, o etanol saiu da esfera agrícola, finalmente, para integrar a matriz
energética;
21. Sandeep H. Patel, um simpático
indiano da Barclays Capital, representando a ponta dos investidores, em
conversa de coffee break, declarou que o Brasil é atrativo, o segmento está
maduro, e os investimentos estão decolando tímidos em 2011, com muita gente
arrumando a casa, e virão em 2012 sem dúvida;
22.
A ETH, com informações colhidas
nos bastidores, está montando um centro de investigação e pensa em novos
produtos. Brevemente teremos novidades;
Estavam todos lá,
havia otimismo no ar, mas cautela... Muita cautela...
Carlos Leger Sherman
Palmer
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