Carpe Diem
Tu
ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe,
nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. seu pluris
hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus maré
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum
loquimur, fugerit ínvida aetas: carpe
diem quam minimum credula postero.
Tu não procures -
não é lícito saber - qual sorte a mim qual a ti os deuses tenham dado, Leuconoe,
e as cabalas babilonesas não investigues. Quão melhor é viver aquilo que será, sejam
muitos os invernos que Júpiter te atribuiu, ou seja o último este, que contra a
rocha extenua o Tirreno: sê sábia, filtra o vinho e encurta a esperança, pois
a vida é breve. Enquanto falamos, terá fugido ávido o tempo: aproveita o dia de
hoje, muito pouco acredita no que virá.
Horácio
(65 - 8 AC, Poeta Romano), "Odes" (I,, 11.8)
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