Apesar do justo clamor à liberdade de expressão, e à liberdade em todas as suas possibilidades, a arte da poesia não se compõe apenas de direito de falar... O que dizer
quando se quer dizer, denota valor... A poesia é um meio, uma questão de estilo, de onde irrompe um conteúdo... Precisamos saber 'o que dizer', e 'porque dizer'... Não pode ser um mero exercício de exibição...
A perspicácia
intelectual de Shakespeare é assombrosa... Assim como a elegância poética de
Darwin, Huxley... A poesia é um meio e não um fim...
Agrupar palavras
e clichês, e agradar o senso comum, ou estrategicamente, chocar ou desagradar
sem integridade intelectual, não é poesia... Nem é nada além de verborragia...
A percepção da
vida, e o estilo poético de homens como Wittgenstein, Nietzsche, William James, Bertrand Russell, me surpreendem tanto quanto a sensibilidade científica de Whitman, Pessoa,
Drummond, Borges, Quintana... A poesia em movimento com Chaplin...
Todos entendem de
homens, mundo e momento... Separados, de certa forma, apenas pelo estilo
poético, ou pelo estilo no pensar... Mas existe um fio comum, unindo Eco,
Saramago, Flaubert, a Eisntein, Nash e Sagan...
A integridade, a percepção e a inteligência...
Pensem nisso...
Profundamente... O que parece separado e distinto, na verdade é a mesma
coisa... Poesia e Pensamento... Parece estranho, mas não é... Analisem as evidências...
Reflitam...
Descrever um
momento íntimo, ou descrever um conceito universal... Mergulhar no homem,
mergulhar em si... O ápice da experiência de ser humano... E compartilhar...
Carlos Sherman
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