Escrevi este soneto,
Para encantar o meu
amor,
Mas a “flecha” desviou
E acertou a bela flor...
Não por força do
destino,
Nem por obra do acaso,
Pelo impacto das
palavras
Todo pólen o ar
soprou...
Então vi a cidade em
festa,
Os amantes eram febris,
Os solitários errantes...
Meu soneto havia
encontrado,
Mesmo pelo caminho
errado,
O Amor Universal...
Minha dama, no entanto
Não sabia ser a fonte,
Desta febre dos amantes,
E de tamanho furor...
Mas sentia vigorosa,
Toda força penetrante,
Deste pólen flutuante,
Que o meu soneto
espalhara...
Quando cruzei a sua luz,
Em um canto qualquer da
praça,
Deste nosso lugarejo...
Percebi que ela
encontrara
O amor em outros braços,
Onde
deveriam pousar os meus...
Carlos Sherman
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