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terça-feira, 10 de maio de 2011

AMAR... Outra vez a questão...




Um amigo publicou:

“Os homens casam-se por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem...”... Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde

Comentei:

Tenho apreço e mesmo admiração por Wilde, mas não significa assinar embaixo de tudo... Acho que colocando um "que", ajustaríamos a questão ao fato de que as pessoas e os relacionamentos, por mais que os padrões gritem, são diferentes... Então teríamos "os homens que se casam.... e as mulheres que se casam..."... Existe um certo sentido, mas a questão é muito mais complexa, pra ser sentenciada desta forma...

Sobre o comentário da outra amiga, observo apenas que, homens e mulheres "podem" casar por segurança, mas as mulheres o fazem com maior frequência... Muito maior... Por tendência genética, motivações culturais, enfim, a maternidade... Aliás, casam e se mantém casadas por segurança... Wilde não disse isso... Não disse que os homens casam por segurança, senão por fadiga... Porque não querem mais caçar... E finalmente Wilde diz também que as mulheres casam por curiosidade, e acho que muitos em geral casam por curiosidade, sendo que as mulheres com mais frequência, até porque a cultura trata de impulsioná-la por este caminho, enquanto desencoraja os homens... Acho que casamos por tantas razões... Mas sei que a força das circunstâncias impera nesta decisão... E as circunstâncias no jogo da vida são tão variadas, e avassaladoras... Existem padrões sim, mas são mais complexos... Wilde estava de mal humor quando escreveu isso, mas nos estimulou, rsrsrsrs...

Amiga, não é a minha opinião, é a opinião de Oscar Wilde... Ele diz, "Os homens casam-se por fadiga, as mulheres por curiosidade; ambos se desiludem" - Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde... Meu comentário veio apenas porque você escreveu "Pessoalmente creio que tem razão. O homem casa sempre para sua segurança", mas ele não escreveu isso... Então esclareci, que ele se referia à fadiga, ao cansaço, e não à busca de segurança... Foi isso...

Não existe crise no amor... Não existe crise em AMAR... Verbo Intransitivo... AMAR no sentido puro de subtrair de seus parcos recursos, de sua atenção, tempo, força, capacidade, contrariando o gene egoísta, e conferindo a outra vida um status maior do que a sua própria vida...

Modalidades de relacionamento vem e vão... O casamento versa sobre patrimônio e não sobre sentimento, e muito menos sobre AMAR... Relacionamentos vieram e se foram sem a atitude de AMAR estar presente... E muitos amaram sem lograr um relacionamento... Wilde fala sobre o casamento, que realmente está caindo em desuso... Não sobre AMAR... Estamos ampliando as nossas possibilidades e arranjos para viver... Casar ou não será irrelevante...

Amar é uma possibilidade, uma atitude, um estado... Como pode sair de moda? E esteve de moda antes e muito antes? Quando se casavam por dinheiro e terras? Ou quando se casavam por religião? Seguiremos amando, uns sim, e muitos não... Na minha modesta opinião...

Amar sempre esteve em moda, de Wilde a Drummond...

Carlos Sherman

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